
A IV Conferência Municipal de Saúde de Cássia, realizada no último dia 30 de junho, no Salão Paroquial, reuniu 173 pessoas, entre médicos, dentistas, funcionários do setor de saúde, funcionários da administração, prestadores de serviços, conselheiros de saúde e usuários do SUS (Sistema Único de Saúde). A conferência é para levantar propostas a serem apresentadas dentro de dois anos na conferência estadual e depois para a nacional, além de servir como base para o desenvolvimento de políticas públicas de saúde do município. O evento foi organizado pela Secretaria Municipal de Saúde e pelo Conselho Municipal de Saúde.
A abertura de “O papel do SUS no Município de Cássia” foi com a execução do Hino Nacional, executado por Patrick Pampanini e Messias Donizete, professores do Centro de Música “Heitor Combat”. Houve também a apresentação de duas músicas pelo Coral do CAPS e sorteio de brindes. A mesa foi composta pelo prefeito Kito Arantes, o presidente da Câmara, Ricardo Garcia Arantes, a secretária municipal de Saúde, Eliane David de Oliveira (Lula) e o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Marcos Antônio Resende. O primeiro a discursar foi o prefeito Kito Arantes, que deixou claro que as ideias que seriam discutidas serão depois levadas ao Estado e à federação. Ele elogiou o Hospital de Cássia e sua equipe. “Eu quero deixar claro que se todos trabalharem juntos vamos obter resultados. A cobertura feita pelos PSF’s é de 65% e queremos chegar a 100%”, disse.
Depois discursou o presidente da Câmara lembrando o papel do Estado. O presidente do Conselho Municipal de Saúde, Marcos Antônio Resende, disse que estava satisfeito com a adesão à conferência. “Nós temos uma estrutura graças a vocês e as conferências são muito importantes”.
Depois, a secretária de Saúde mostrou todo o funcionamento do sistema no município de Cássia e teceu suas considerações. A Procuradora do Município, Julieta Goulart Portela, leu o Regimento da Conferência. O presidente dos COSEMS/MG, Luciano Dutra, falou em seguida, dentre outros temas, sobre a importância da informação. “Sem conhecimento de causa, acabam despejando críticas, principalmente em redes sociais”, falou em um trecho de seu discurso.
Destaque
O promotor de Justiça da Comarca de Cássia, Gilson Walmir Falcucci, que dentre as suas atribuições está a curadoria da saúde, tratou da judicialização da saúde. Para ele, os problemas em Cássia são os mesmos enfrentados no resto do país no tocante à saúde. ‘Os principais desafios vividos em Cássia são os principais vividos no Brasil. O SUS é o maior programa de atendimento hospitalar, médico e tudo o mais, não existe em nenhum outro país com as dimensões com a população que nós temos que preste um serviço chamado universal. Um dos grandes desafios do SUS principalmente em termos de crise é manter o atendimento básico, porque a crise atinge o país como um todo e todos esses medicamentos, tratamentos custam dinheiro. O outro desafio é evitar a judicialização da saúde pontual, ou seja, aquele dia a dia das pessoas que pedem medicamentos, tratamentos, exames e tudo o mais, sem a menor comprovação de eficácia, ao menos com relação aos medicamentos que são disponibilizados gratuitamente no SUS. Então, eu acredito que uma parte do enfrentamento desse problema seja justamente o treinamento de promotores de justiça e juízes para que entendam essa situação, porque obviamente os promotores de Justiça são leigos em Medicina, não entendem, mas é possível hoje em que você tem muitos mecanismos de pesquisa que te permitem dar uma base jurídica muito boa sobre qualquer questão de saúde.
Eixos
No período da tarde, após o almoço, houve um stand up da Cia Teatral Cassiense, com os atores Dannilo Rodrigues, Maria Laura, Gabriel Sousa e Israel. Depois, os participantes da conferência foram divididos em seis grupos de trabalho e debateram os eixos Atenção Primária à Saúde: sua estrutura e funcionamento; Vigilância em Saúde: responsabilidade municipal; Assistência Farmacêutica: modelo de gestão; Controle Social: a importância da participação popular no SUS municipal e Gestão do SUS municipal. De cada eixo foram retiradas de quatro a seis propostas que depois foram votadas por 13 delegados para o documento.

Fonte:Município de Cássia
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