Bancários e Fenaban chegam a acordo, e greve pode acabar na
segunda-feira
Do UOL, em São Paulo
Os bancários e a
Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) chegaram, na madrugada desta nesta
sexta-feira (11), a um acordo para o fim da greve, que já dura 23 dias, de
acordo com o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT
(Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro).
A paralisação dos
funcionários do setor financeiro foi a mais longa desde 2004, quando os
bancários paralisaram os serviços por 30 dias. No ano passado, os trabalhadores
ficaram parados por nove dias e, em 2011, por 21 dias.
O Comando Nacional
dos bancários aceitou proposta de reajuste de 8%, e vai sugerir às assembleias
estaduais que aprovem o fim da greve até segunda-feira (14). Em São Paulo, a
assembleia acontece nesta sexta (11), às 17h.
"A proposta
tem avanços nas principais reivindicações dos bancários e vamos indicar a
aprovação em assembleias", disse Juvandia Moreira, presidente do Sindicato
dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e uma das coordenadoras do Comando
Nacional dos Bancários, em nota à imprensa.
Os bancários devem
compensar os dias de paralisação trabalhando no máximo uma hora a mais por dia
até 15 de dezembro, segundo a nota da Contraf.
Acordo
Os bancários
afirmam, em nota, que receberam proposta de reajuste de 8%, com ganho real de
1,82%, além de reajuste de 8,5% nos pisos, com ganho real de 2,29%.
A categoria já
havia rejeitado duas propostas de reajuste salarial, de 7,1% e 6,1%, e
reivindicava 11,93%.
Os dois lados
acertaram que a regra básica do PLR (Participação nos Lucros e Resultados) será
de 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.694. A reivindicação era de três
salários mais R$ 5.553,15.
Também recebem
reajustes o auxílio-refeição (de R$ 21,46 para R$ 23,18) e a cesta-alimentação
(de R$ 367,92 para R$ 397,36).
Os bancários que recebem até 5 salários mínimos receberão o Vale-Cultura
mensal, com valor de R$ 50. Todos os funcionários também terão direito a um dia
de ausência remunerada a título de abono assiduidade, ainda segundo a nota.
Também foi acertado
um grupo para debater as razões dos afastamentos por saúde, e a cobrança por
metas via mensagem de celular foi proibida, conforme o comunicado.
Fonte: UOL Economia