terça-feira, 24 de junho de 2014

Polícia ‘caça’ motorista que matou ciclista em rodovia

Autor(a): Barros Filho Função: Repórter
Foto(s): Divaldo Moreira/Comércio da Franca
Polícia ‘caça’ motorista que matou ciclista em rodovia
Patrulheiros rodoviários colhem dados do acidente diante do que restou da bicicleta da vítima

























As investigações que apuram a morte do lavrador Geraldo Albino da Silva, 77 anos, avançaram no final da manhã de ontem. O delegado João Walter Tostes Garcia, titular do 2º Distrito Policial, recebeu os dados das placas de um veículo que pode ser o que atropelou e matou o idoso. 

Ao final do expediente de ontem, reduzido em razão da partida entre Brasil e Camarões pela Copa do Mundo, um dos filhos do idoso morto apresentou números que podem ser da placa do automóvel envolvido no desastre. “Ele (filho) foi procurado por um rapaz que passou os dados. Eles conferem com uma S10 branca. Agora, estamos à procura do proprietário”, destacou o delegado.

A expectativa da equipe do 2º DP é “colocar” as mãos no condutor envolvido ainda hoje. “Alguém estava ao volante do veículo. Pode ser o proprietário ou não. Estamos convictos de que até amanhã (hoje), ele será identificado e apresentado”, acrescentou Garcia.

Pesquisa junto à Prodesp (Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo) apontou que os números correspondem a uma caminhonete Chevrolet S10, branca, cabine dupla, conforme descrito por testemunhas.

Silva foi morto no início da manhã da última sexta-feira, 20, na alça de acesso da rodovia Cândido Portinari à Vila São Sebastião. O motorista que atropelou o idoso junto com sua bicicleta, fugiu sem prestar socorro. A vítima, que residia na Vila Resende, estava a caminho do trabalho, uma chácara localizada nos fundos da Vila São Sebastião, e teve morte instantânea.

Nenhuma imagem
O delegado Garcia instaurou inquérito de homicídio culposo (quando não há intensão de matar). Ele esperava contar com imagens gravadas pela câmera da Prefeitura instalada em um semáforo próximo ao local dos fatos. “Ficamos sabendo hoje (ontem) que esta câmera não está funcionando”, disse Garcia. 

Outra imagem aguardada pelo delegado era da concessionária que administra a rodovia Cândido Portinari, mas devido ao horário do desastre (por volta das 6 horas), não havia luz suficiente para que o acidente pudesse ser gravado pelo sistema. 

Fonte: Comércio da Franca. www.gcn.net.br

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Redução da Represa de Peixoto pode diminuir repasse para prefeituras 

Notícia foi dada por representantes do setor energético em Brasília.
Repasse para cidades banhadas pelo lago pode baixar até 60%.



Prefeitos, empresários e produtores rurais de cidades banhadas pela Represa de Peixoto, no Sul de Minas, receberam a notícia de que, caso o nível do reservatório seja reduzido, o repasse de verbas paras as prefeituras também deve cair. A notícia foi dada por representantes do setor energético durante uma reunião em Brasília (DF) nesta terça-feira (3).
Na reunião, o Secretário de Energia Elétrica do Ministério das Minas e Energia, Ildo Wilson Grudtner, afirmou que tanto a Usina de Mascarenhas quanto a de Furnas foram projetadas para armazenar água do período úmido para ser usada no período seco. No entanto, as explicações não convenceram os manifestantes.
“Pode haver uma redução em torno de 60% no repasse. No momento em que não há geração de energia, consequentemente vai cair o repasse, que é um transtorno para os municípios que contam com esse dinheiro”, protesta o prefeito de Ilicínea (MG) e diretor da Alago, Aluísio Borges de Souza.
Representantes de cidades banhadas pelo Lago de Peixoto participaram de reunião em Brasília (Foto: Reprodução EPTV)Representantes de cidades banhadas pelo Lago de Peixoto participaram de reunião em Brasília (Foto: Reprodução EPTV)



O uso da água do Lago de Peixoto ainda não começou graças a uma liminar da Justiça Federal que suspendeu a medida anunciada por Furnas Centrais Elétricas que pretendia reduzir o nível da represa, que fica entre Passos (MG) e Delfinópolis (MG), em até 13 metros. Na liminar, o juiz Bruno Augusto Santos Oliveira determina ainda que Furnas apresente as justificativas para a redução do nível do lago. No entanto, a liminar pode cair a qualquer momento.
Liminar impede redução de nível da Represa de Peixoto no Sul de Minas (Foto: Reprodução EPTV)
Liminar impede redução de nível da Represa de Peixoto no Sul de Minas (Foto: Reprodução EPTV)


A proposta apresentada pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) visa garantir a geração de energia em outras hidrelétricas, já que a estiagem prejudicou o processo de geração de energia elétrica. O anúncio gerou vários protestos de moradores e autoridades que temem as consequências da queda do nível. O ONS estuda a redução do reservatório até a cota mínima, que é de 653 metros em relação ao nível do mar. Atualmente, o nível está em 663 metros, três abaixo do nível máximo,que é de 666 metros.

Prevenção
Para prevenir o desabastecimento de água, o sistema de captação de Passos (MG) e São João Batista do Glória (MG) já recebe mudanças para evitar a falta de água.
Em Passos, por exemplo, cerca de 80% da água que abastece o município vem do Ribeirão Bocaína. A outra parte é captada na Represa de Peixoto, trabalho que começou há dois anos no limite com São João Batista do Glória, próximo à ponte que liga os municípios.
Hoje a profundidade no local é de cerca de três metros. Com a redução do nível do reservatório, já está sendo construída uma nova plataforma flutuante para que a captação da água não seja interrompida. Um estudo realizado por Furnas mostrou que o leito do Rio Grande deverá voltar a aparecer e somente com o novo sistema será possível bombear a água até a estação de tratamento.
O mesmo sistema já existe em São João Batista do Glória, onde toda a captação é feita no Rio Grande e não existe outra alternativa para abastecer a população. Sem a plataforma flutuante, o município ficaria sem água.
Prejuízos
Quando o nível do lago baixar, um dos locais que deveria secar em Delfinópolis é uma área que é conhecida como "Prainha". O local é um dos pontos onde o esgoto é lançado, já que uma estação de tratamento ainda está sendo construída no município. A estação deverá ficar pronta apenas em setembro. Outra preocupação é com relação à travessia de balsa, a principal forma de acesso à cidade. Os portos poderão ser alterados para outros pontos.
O comunicado de Furnas Centrais Elétricas não informa um prazo, mas pelos próximos meses, o lago poderia baixar sempre que necessário, dependendo da geração de energia. Além de Delfinópolis e Ibiraci, outras cidades que poderiam ser afetadas são São João Batista do Glória (MG), Cássia (MG) e Passos (MG).

Fonte: G1 Sul de Minas.