segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Delfinópolis anuncia estado de emergência e corte de gastos

Clic Folha


A forte estiagem e seus impactos na economia do município de Delfinópolis fizeram o prefeito Pedro Paulo Pinto anunciar que nesta segunda-feira, dia 8, irá decretar estado de emergência e contingenciamento de gastos. A falta de recursos e as condições em que a cidade se encontra já comprometem o pagamento dos servidores, dos fornecedores e de profissionais da saúde.

Sem contar, afirma o prefeito Pedro Paulo Pinto, que os custos com o aumento de serviços durante esse período vêm afetando todos os setores da economia. “Já estou atrasando a folha de pagamento dos servidores, fornecedores, até profissionais da saúde estão sendo atingidos devido à falta de recursos para cumprir com os compromissos. Estamos com dificuldades em todos os setores e esse decreto será por um período de 120 dias. Não está fácil administrar com essa crise e esse decreto é o único caminho para não fazer a máquina pública parar”.

Pedro afirma que no último levantamento dos valores de repasses as perdas vão além. “Pelo nosso levantamento deixamos de receber mais de R$ 1 milhão em repasses, a Compensação teve queda de mais 70%, o Fundo de Participação dos Municípios vem caindo, as negociações na cidade para que o recolhimento do Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) entre e ajude na receita não vem acontecendo. Estamos passando por muitas dificuldades”.

Até um detalhamento dos cálculos feitos dos repasses da Compensação Financeira pela Utilização dos Recursos Hídricos para Fins de Geração de Energia Elétrica – CF à Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) foi solicitado. “Essa queda exorbitante é um desastre para nós e, em um período de quatro meses, essa baixa de recursos tem que ter uma explicação. E até o momento não tive retorno da minha solicitação, preciso de respostas, pois, não está fácil administrar”, comenta Pedro.

Agora o prefeito pede que a população tenha paciência e compreensão com essa atual situação da administração municipal. “Vamos manter os serviços essenciais à população, a crise é visível. O que eu peço é paciência, com esse decreto de emergência e contingenciamento de gastos espero poder organizar esse caos que está atingindo Delfinópolis. E posso afirmar que somos o município que mais está sofrendo”.

Fonte: Clic Folha (Folha da Manhã).

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