quarta-feira, 3 de abril de 2019


Projeto gera polêmica em 

Cássia 

A imagem pode conter: casa, céu, árvore e atividades ao ar livre
Prédio Câmara Municipal de Cássia - Foto:Claudinho -

Um projeto de lei de autoria do Executivo tem gerado polêmica em Cássia. No último dia 29, a Câmara de Vereadores deliberou a respeito da proposta de se extinguir a Secretaria de Turismo, transferindo suas atividades para a pasta de Esporte, Cultura e Patrimônio Histórico, e criando o cargo de coordenador de turismo para ficar à frente das políticas relacionadas ao tema. Seis vereadores foram contrários à proposta, e apenas dois votaram a favor.
A vereadora Luciana Evangelista (PSDB), que foi desfavorável ao projeto, manifestou-se antes da votação: “Sou totalmente contra qualquer tipo de aumento de salário ou criação de cargo no momento de crise que enfrentamos em todo o país”. E disse que fica indignada com a “inversão de valores que vem ocorrendo por parte do Executivo municipal”.
Já o parlamentar Ciro Antônio de Oliveira Costa (PMN) alega que, apesar de ser criada uma nova função, a aprovação do projeto traria redução de gastos para o município: “O projeto realmente cria um cargo de coordenador de turismo, com o salário de R$ 2.464,52, porém elimina o cargo de secretário de Turismo, com um salário aproximado de R$ 4.921,00 [o valor correto é R$ 4.901,36], gerando uma economia para o município de aproximadamente R$ 30 mil ao ano”. Segundo Costa, “mais uma vez a população vai pagar a conta por politicagem dentro da Câmara”.
Conforme cálculos divulgados pela Prefeitura, a estimativa de economia anual, considerando-se a substituição de um cargo por outro, é de R$ 29.574,24. No entanto, a gestão municipal ressalta que “o novo cargo seria ocupado por um servidor concursado, que já trabalha na Prefeitura e recebe R$ 1.654,21 por mês, o que torna a economia ainda maior”.
Luciana diz que ela e os demais vereadores que foram contrários ao projeto apoiam a extinção da Secretaria de Turismo, mas não a criação do cargo de coordenador. “O turismo que vai vir com tudo é o religioso, mas o Santuário [Santa Rita de Cássia] ainda está na terraplanagem. Não tem turismo para coordenar aqui. 

A Secretaria de Esporte, Cultura e Patrimônio Histórico pode fazer muito bem esse papel”. Por esse motivo, ela diz que não se justifica um funcionário que ganha R$ 1.654,21 passar a ganhar R$ 2.464,62. 
Para o prefeito Kito Arantes (PMN), toda a região vem trabalhando pelo desenvolvimento turístico, e esse setor da economia é cada vez mais importante para os municípios: 

“Aqui temos empreendimentos no ramo aquático e náutico; temos os cafés especiais, que, juntos com Ibiraci, Capetinga e Claraval, estamos buscando o selo de demarcação de origem para atrair ainda mais turistas. Também haverá um investimento de R$ 15 milhões num complexo religioso, com a construção do Santuário de Santa Rita de Cássia”. 
Ademais, Arantes explica que a cidade possui ICMS turístico e, por isso, precisa fomentar uma série de políticas nessa área. Ele diz que, devido a esses fatores, foi selecionado, no quadro de funcionários da Prefeitura, um servidor concursado e ligado ao empreendedorismo que poderia desempenhar a função de coordenador e continuar servindo ao município ao longo de muitos anos por ser de carreira.

Votação
Votaram contra o projeto os seguintes parlamentares: Dannilo Rodrigues Silveira (PTB), Euripedes Fonseca Luvizoto (PTB), Henrique Fernandes Alonso Neto (PMN), Jezer Oliveira David (PMN), Luciana Evangelista (PSDB) e Ricardo Garcia Arantes (PP). Apenas Ciro Antônio de Oliveira Costa (PMN) e Luciano Barreto (PSC) foram favoráveis. O presidente da Casa, Luiz Adriano de Souza Machado (PSC), só vota em caso de desempate.

Fonte:clicfolha

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