quarta-feira, 21 de maio de 2014

Justiça suspende redução no lago


Marcelo Renato Silva
Folha da Manhã

PASSOS - A justiça Federal determinou nesta­ terça-feira, dia 20, a suspensão imediata de toda e qualquer medida que Fur­nas Centrais Elétricas venha a tomar com o ob­jetivo de reduzir o nível do reservatório de Mas­carenhas de Moraes (Pei­xoto). A liminar foi con­cedida pelo juiz da Subseção Judiciária de Pas­sos, Bruno Augusto San­tos Oliveira, acatando pedido feito cm ação pro­posta pelas Prefeituras de Delfinópolis, Passos e São João Batista do Glória. A estatal ainda será citada e poderá recorrer.

Em sua decisão, Santos Oliveira manda que Fur­nas apresente “estudos que embasaram os motivos, modo, consequências e medidas compensatórias que fundaram a decisão combatida, notadamente os planos e cronogramas específicos das medidas mitigatórias dos impactos cm relação aos municípios diretamente afetados. Na ocasião, a questão será rea­valiada”. Foi fixada multa por descumprimento em R$ 50 mil por dia de descumprimento da decisão.

Na ação, as prefeituras tentam impedir que o re­servatório tenha seu nível baixado em 13 metros, como foi anunciado por Furnas, alegando que os prejuízos são graves e imi­nentes. “Os autores con­seguiram demonstrar, com dados técnicos, alta proba­bilidade de prejuízos imi­nentes à saúde pública, direito de ir e vir, ativida­de econômica, meio am­biente e abastecimento de água aos milhares de ha­bitantes da região afetada”, diz o juiz.

Ainda de acordo com Santos Oliveira, “é notório que uma quantidade de chuvas muito abaixo da média histórica deixou o país em situação de fragilidade energética, o que torna toda e qualquer de­cisão acerca do sistema de geração de energia extre­mamente sensível, de­mandando, assim, aten­ção máxima quando ao princípio da transparência. Trata-se de conjuntu­ra crítica e sui generis (única em seu gênero) em nossa história recente, e tudo que lhe diz respeito tem despertado a atenção e preocupação por parte de todos os brasileiros. Em situações extremas como essa os princípios consti­tucionais devem ser mais ainda reforçados, e não afastados através de co­municados lacônicos”.

“Não se pode, ao pri­meiro sinal de crise, afas­tar preceitos constitucio­nais. Providências tão gra­vosas quanto as anuncia­das não podem ser simplesmente comunicadas sem a devida fundamen­tação técnica e sem apre­sentar medida de mitiga­ção específica e planeja­da”, complementou o juiz.

A sentença intima ain­da os depurados federais Carlos Melles, Rodrigo Maia e Moreira Mendes, autores dos requerimen­tos, para realização de audiências públicas da Co­missão de Minas Energia da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), com a presença de autoridades, destinada a debater e bus­car soluções em razão do anuncio de baixa sem precedentes do reservatório de Peixoto, solicitando que informem se já há data para as reuniões.

Repercussão

A liminar da justiça Federal de Passos saiu um dia depois da audiência pública da Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Del­finópolis. Mais de 250 pes­soas, entre prefeitos da região, parlamentares e outras autoridades, além de cidadãos, protestaram contra a possibilidade de rebaixamento da Represa do Peixoto.

Com 220 km² de área, metade em Delfinópolis, que detém 116 km², a Usina Hidrelétrica Marechal Mascarenhas de Moraes fica entre a cidade e Ibiraci. Mas abrange ainda os municípios de Passos, Cássia e São João Batista do Glória. Norma baixa­da pelo Operador Nacio­nal do Sistema (ONS) prevê que as comportas da usina poderão ser abertas, rebaixando em 13 metros o nível do reservatório, para suprir a necessidade de energia elétrica em outras regiões.

Marcos Alves Morais, gerente de Furnas, que opera a usina, prestou es­clarecimentos. Segundo ele, a Represa do Peixoto compõe o sistema elétri­co nacional, que é todo gerenciado pelo ONS. “Em função da pior seca que o País está vivendo nos últimos 50 anos, o ONS tem buscado diferentes medidas de gerenciamen­to dos recursos hídricos”, disse. E frisou que é o ONS quem demanda que Fur­nas abra as comportas.

Morais passou dados de quantidade de água em usinas do Brasil. Furnas está com 29% de sua capa­cidade; Marimbondo com 23%; Emborcação, 37%; Nova Ponte, 24%, São Si­mão, 46%. Isso para mos­trar o descompasso entre eles e a Usina de Peixoto, que estaria com 76% de sua capacidade. “Esse vo­lume não pode ser despre­zado, quando todos os ou­tros reservatórios estão com 23% a 46% de sua ca­pacidade. O uso dessa água não é uma ação isolada. Vários outros reservatóri­os estão em processo de despressionamento (redu­ção do nível)”. E ressaltou que, caso o projeto seja le­vado adiante, “a represa não será drenada da noite para o dia; será aos poucos”.

Serra da Canastra

Melles lembrou que há cinco anos a região teve problema com o Governo Federal, que queria ampli­ar a área do Parque Naci­onal da Serra da Canastra. “Fizemos a audiência e a então ministra Marina Sil­va ficou assustada. Conclu­são: blindamos o projeto na Câmara. Podemos fazer o mesmo com essa propos­ta de rebaixamento da re­presa”, recomendou.

Lucas Rocha Carneiro, superintendente da Secre­taria de Estado de Política Agropecuária, defendeu o uso múltiplo da água. “A questão da água é também de segurança nacional, por causa da geração de energia elétrica. Mas o Governo de Minas defende o uso múltiplo, já que existe legislação federal prevendo isso e que precisa ser cum­prida”, avaliou.

Sávio Marinho, enge­nheiro agrónomo da Emater, denunciou que a energia elétrica de Delfi­nópolis é de péssima qua­lidade. “Não temos subes­tação, o que atrapalha nosso progresso”, lamentou, destacando que mui­tas empresas não se ins­talam no local devido a pouca disponibilidade de energia. “Geramos ener­gia para o País e não te­mos energia suficiente”, irritou-se.

Fonte: Folha da Manhã.


segunda-feira, 12 de maio de 2014

Série 'Trabalhadores': a rotina dos profissionais das Olarias de Cássia


Autor(a): Divaldo Moreira
Foto(s): Divaldo Moreira/Comércio da Franca

Série 'Trabalhadores': a rotina dos profissionais das Olarias de Cássia
A produção de artigos de barros é tão antiga quanto a própria humanidade. A utilização do barro para a produção de tijolos vem, também, de longos tempos. Mas o processo de produção nas olarias passou por transformações. No segundo ensaio da série especial “Trabalhadores”, cujo objetivo é mostrar atividades feitas com a força do corpo, o Comércio traz o trabalho das Olarias de Cássia (MG) feito por alguns persistentes como o artesão Donizete Antônio de Souza, que produz vasos e moringas de forma rudimentar. Ou, então, os sócios Donizete Vilela e Jorge Corrêa que fabricam tijolos. Apesar da crescente demanda, a cerâmica administrada por eles ainda mantém parte do processo de forma artesanal. Dentro desses lugares, tem-se a sensação de estar num outro tempo.
Na fabricação de tijolos, a lenha é o combustível essencial para os fornos. As toras de madeira são carregadas em carriolas. Nos fornos, os tijolos são queimados a altas temperaturas. O calor nos fornos em brasa torna o ambiente quase insuportável. Após moldados e secos, os tijolos são levados para fornos amplos, que são fechados com tijolos e depois vedados com barro para que as peças sejam queimadas. Na etapa final, são retirados e estão prontos para a venda
A argila vinda de Pratápolis passa na maromba, no cilindro e retorna para a maromba para ser preparada. Depois o barro é colocado no torno e, com mãos habilidosas, Donizete Antônio Souza modela a argila para dar forma a vasos, filtros e moringas de vários tipos. Após ser moldada, a peça vai para a secagem no sol ou na sombra. Posteriormente é colocada no forno, onde é queimada. As peças que não são rústicas ganham pintura e seguem para o mercado, para serem vendidas em floriculturas, casas de presentes e outros locais no interior de Minas, na capital Belo Horizonte e cidades da região de Franca

Fonte: GCN.net (Comércio da Fanca)

sexta-feira, 9 de maio de 2014

CASA NO ANTIGO PAVILHÃO DA VILA PEGA FOGO

Jornal CP Cássia

Hoje por volta das 15:30h uma casa na avenida Caetano Castaldi pegou fogo. Dentro da casa estava Manoel Messias de 44 anos, que sofreu algumas queimaduras. Ao relatar o fato, Messias disse que estava acendendo o fogão a lenha para cozinhar uma carne, por um descuido ele não viu que o fogo estava alto e tinha começado a se alastrar em um sofá. Messias desesperado não conseguiu apagar as chamas e saiu correndo, mesmo assim ele foi atingido pelas chamas e sofreu algumas queimaduras.

A Polícia Militar foi acionada por populares e a Prefeitura também disponibilizou um caminhão pipa para conter as chamas.

Ao perceber que Manoel Messias estava se queixando de muita dor por causa das queimaduras, foi solicitada uma ambulância, ele foi socorrido e levado para o Pronto Socorro Municipal.

Veja o vídeo e as fotos:








Matéria: Claudinei Pereira da Costa 

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Locutor atropelado em Barretos segue em estado grave, mas estável

No último sábado o locutor Cainã Silva, de 24 anos, que narrava as manobras freestyle do 12º Barretos Motorcycles, foi atropelado acidentalmente por um dos pilotos de sua equipe. Encaminhado para a Santa Casa do município, ele foi internado com poli traumatismos e, segundo a assessoria de imprensa do hospital, seu quadro é grave, mas estável.

O acidente

O fato ocorreu quando Cainã subia a rampa de exibições, no mesmo instante em que o piloto Jeff Capacci saía para realizar o salto que acabou atingindo o locutor. “Ele [locutor] estava no ponto cego do piloto. Todo mundo ficou muito assustado. Ninguém soube o que deu errado”, disse ao G1 o bancário Jair Luís de Carvalho Filho, 24, de Frutal (MG), autor de um dos vídeos que registrou o acidente (o qual segue abaixo).




Fonte: GCN. Comércio da Franca.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

TERCEIRA MORTE POR DENGUE

Essa é a 3ª vítima confirmada em Passos, que está em situação de alerta. Até agora, 1.019 casos da doença foram confirmados na cidade.


G1 Sul de Minas

Subiu para quatro o número de mortes confirmadas por dengue no Sul de Minas. A vítima é de Passos (MG), onde outras duas pessoas já haviam morrido pela doença. A outra morte registrada na região este ano aconteceu em Campo Belo (MG).

Até o momento, já foram feitas 2.836 notificações de dengue com 1.019 casos confirmados em Passos. No entanto, com a queda nas temperaturas, os números começaram a diminuir. Em uma semana, as notificações caíram de 438 para 249, uma redução de quase 50%. No entanto, de acordo com a superintendente regional de saúde de Passos, Kátia Gonçalves, a cidade ainda está em situação de alerta.

“Fizemos algumas intervenções, entre elas o manejo clínico que tem reforçado muito as nossas ações. Estamos também em contato direto com vários setores da sociedade nos apoiando”, explica.

Só na Rua João Pimenta, no bairro Bela Vista, praticamente todas as casas registram pelo menos uma pessoa com dengue. Na casa da costureira Marizia Amélia Santos, além dela, uma filha e a mãe de 82 anos contraíram a doença. “Minha mãe ficou mais de duas semanas de cama tomando medicamento. Quando ela melhorou, eu tive dengue também”, conta.

Fonte: www.g1.globo.com/mg/suldeminas (G1 Sul de Minas) 
            www.clicfolha.com.br (Folha da Manhã)
Cenário ameaçado: represa de Delfinópolis irá secar até 13 m

Autor(a): Marco Felippe Função: Repórter Foto(s): Divaldo Moreira/Comércio da Franca

Uma decisão do Governo Federal começará a mudar, dentro de 20 dias, um dos cenários turísticos mais apreciados pelos francanos na região. Por determinação do ONS (Operador Nacional de Energia Elétrica), a represa do rio Grande em Delfinópolis (MG) terá seu nível reduzido em até 13 metros ao longo dos próximos meses. O comunicado foi feito por Furnas à Prefeitura de Delfinópolis e pediu que o município providencie medidas a fim de evitar transtornos para a população.

Funcionários de Furnas confirmaram que a baixa no nível da água será perceptível e afetará principalmente os bicos da represa, também conhecidos como braços. De acordo com um dos gerentes da empresa, ranchos localizados nessas regiões ficarão secos e até a travessia da balsa será prejudicada. Haverá também interferência na irrigação de produções agrícolas, na navegação e no meio ambiente (leia texto nesta página). “O rebaixamento será controlado, mas se começar a chover novamente, vamos soltar a água até atingir o nível mais estável”, tranquilizou o funcionário, que não grava entrevista.

Segundo Furnas, o nível da represa poderá ser reduzido da cota máxima de 666,12 metros em relação ao nível do mar para a cota mínima de 653,12 metros. O rebaixamento do nível da água, ainda de acordo com o documento enviado para a Prefeitura, ocorre em razão da estiagem e tem por objetivo ajudar na recuperação do reservatório de Furnas, que está com apenas 28% de sua capacidade. A operação visa ainda a manter o fornecimento de energia elétrica para o período da Copa do Mundo.

Em nota, a empresa disse que a medida é inevitável e as reduções ocorrerão dentro dos níveis de projeto. “Delfinópolis sentirá, pois não está acostumada com essas oscilações, mas tudo ocorrerá dentro das condições de projeto”, explicou o gerente. Ele também confirmou que Furnas ficará responsável pela construção de um novo porto para a cidade, já que a travessia se tornará menor em água e maior em terra. “Por conta dessa medida, teremos que desviar a estrada e o porto aproximará em 800 metros (uma margem da outra).”

Segundo Furnas, a Usina Marechal Mascarenhas de Moraes tem uma área inundada de 250 quilômetros quadrados, que também envolve outros municípios mineiros como Ibiraci, Cássia e São João Batista do Glória.

De acordo com publicação do jornal O Estado de S.Paulo de quarta-feira, 30, a redução da vazão de água também ocorrerá em outras hidrelétricas do País para proteger o estoque de água das cabeceiras dos rios e a decisão só depende de autorização da ANA (Agência Nacional de Água) e do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente).


Fonte: GCN. www.gcn.net.br (Comércio da Franca)