quinta-feira, 20 de setembro de 2018


Moradores de Delfinópolis imploram para construção da ponte


Por: Claudinei Pereira - CP Notícias Cássia
A imagem pode conter: oceano, céu, atividades ao ar livre, água e natureza



Moradores de Delfinópolis imploram para a construção da ponte, mas o pedido que já dura anos continua sem previsão de ser atendido.   
As balsas geram inúmeros transtornos aos moradores e visitantes, apresentando defeitos frequentemente, que dificultam o acesso à cidade e o escoamento de produtos.
A construção da ponte,resolveria definitivamente o problema. 

Diante da gravidade do problema para acessar Delfinópolis e dos consequentes prejuízos à economia do município, indignada uma moradora, em nome da população delfinopolitana faz um apelo e pede as autoridades políticas um olhar caridoso por Delfinópolis. 


A imagem pode conter: texto, atividades ao ar livre e água

Segundo a moradora, desde a inundação para a geração de energia na Usina Mascarenhas de Moraes Delfinópolis se afogou seu progresso, a única solução de promover o progresso e o desenvolvimento é construir a ponte que liga o município de Delfinópolis a Cássia e aos demais municípios brasileiros.

"É triste ouvir de muitos políticos e pessoas com influência falar que não existe motivo para construírem uma ponte para ligar Cássia a lugar nenhum. Amo Delfinópolis. Considero o melhor lugar do mundo para se viver, mesmo enfrentado as dificuldades de acesso. 

Temos lindas cachoeiras que trazem turistas do mundo todo. Nosso povo é acolhedor, posso afirmar que vivemos como uma grande família, independente de divergências políticas, todos estão em busca de uma solução que tire esse retrocesso imposto por Furnas Centrais Elétricas. Considero Delfinópolis um “Pedacinho do céu”, como dizia meu filho. 

Portanto, temos que valorizar nossa cidade, os turistas saem de longe e de todas as partes do mundo, para curtir esse rico paraíso natural enfeitado com centenas de cachoeira, banhado pelo Rio grande e rodeado pelo encantamento da Serra da Canastra que temos. 

Solicito humildemente que políticos e gestores considerem Delfinópolis como uma cidade, um município gerador de impostos, um dos maiores produtores de banana e soja do Estado de Minas Gerais. Somos um município gerador de energia elétrica para boa parte do país.

Cidadãos com alta graduação acredita que a ponte vai acabar com a segurança de Delfinópolis. Segurança pública não tem nada haver com balsa. 

Apesar de sermos um município onde temos muita paz e harmonia, fica evidente que a violência chegou até aqui, existe drogas, roubos etc. Essa violência não é transportada pela balsa ou por estradas, é gerada pela falta de promoção da educação brasileira, tanto em Delfinópolis/MG, como em todo território brasileiro. 

A Constituição Federal, lei maior que deve reger toda a atuação estatal, descreve em seu artigo 144: “A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio”. 

Perdoem-me os políticos, principalmente os mais velhos, “NÃO USE A BALSA, ANCORADOURO, ASFALTO COMO BALANQUE ELEITORAL PARA SE ELEGEREM”. 

Foram eleitos porque o povo acreditou na sua capacidade de melhorar o município, o estado, o Brasil, lembrem-se são funcionários do povo se não fizeram até o momento quando irão fazer?

O Padre Maia afirmou em seu vídeo que o BRASIL está em nossas mãos. Use seu voto com confiança e sabedoria, não venda seu voto, não troque por esmolas que só chegam de 4 em 4 anos. 

O nosso e os demais municípios precisam de verbas, recursos, em todas as áreas diariamente. 

Quero salientar que este problema é do século passado que segue por gerações que se acomodaram no silêncio da incapacidade ou do benefício próprio. 

Quer queira quer não, a balsa e a dificuldade de acesso mantem e é conveniente para poucos que dominam financeiramente a cidade, mas não pensam na possiblidade do seu próprio progresso ampliando seus negócios ainda mais.

Falam que a melhor solução para Delfinópolis é o asfalto seu custo benefício interligando o triângulo mineiro é mais vantajoso. 
Posso até concordar, mas ainda vou continuar lutando pela ponte. 

A minha luta não é por teimosia, é apenas a reivindicação de um direito que nos foi tirado, sonegado, não por culpa dos antepassados que governaram a cidade, mas pela corrupção que já dominava o país naquela época onde poucos tinham consciência dos seus direitos. Os governantes usavam a desinformação para ludibriar os seus deveres. 

A Ponte Surubim, foi construída para passar boiada com muita dificuldade por fazendeiros com poucos recursos, mas utilizaram a união como ferramenta. Obrigada  Em pleno Em pleno  século XXI desacreditam de um sonho realizado no passado que é a solução no presente para garantir nossa segurança no futuro.

Delfinópolis já pagou essa ponte muitas vezes com a geração de energia e também seus impostos. 

Furnas, a União pagou Delfinópolis SIM, se é que se pode chamar de pagamento algo feito misteriosamente, onde não se encontra documentos concretos, sabe-se que como pagamento recebeu um maquinário para o município. O pagamento foi feito pelo uso das terras, ela nos deve o pagamento do retrocesso.

Criticar erro do passado não resolve nada.  A minha esperança é que os gestores atuais e futuros, incluindo poder executivo, legislativo e judiciário busquem e encontrem meios de sanar ou pelo menos amenizar esse equívoco do passado, que deixou o município ilhado e à falta de progresso e desenvolvimento na educação, na saúde, no emprego, moradia... 

A balsa é o coração do município, mas necessita de um transplante de opção e alternativa que efetive e garanta o nosso direito de “ir e vir”. Temos 3 balsa: A balsa Rio Grande, A balsa de São João Batista do Glória e a Balsinha, soma-se ainda, a balsa elétrica que está deteriorando no barranco, antes mesmo do término de sua construção, uma prancha adquirida pela prefeita Suely Lemos, que está esperando a compra de um ancoradouro por parte de Furnas, isto elucida a importância da manutenção adequada.

A interdição é mais prejudicial para os moradores de Delfinópolis, ficamos impossibilitados de receber abastecimento para o comércio local, e o pior a produção da nossa agricultura, nosso progresso e desenvolvimento fica parada no barranco e o turismo afunda no seco"completou a moradora.

Em conformidade com o convênio nº 9000001067 entre Furnas e Delfinópolis, fica estabelecido na CLÁUSULA 3ª as OBRIGAÇÕES DE FURNAS 

a) decidir pela reforma das embarcações de sua propriedade, considerando parecer da Comissão Paritária de Fiscalização;

b) construir e/ou efetuar reparos de grande porte nos atracadouros quando julgar necessário, considerando parecer da Comissão Paritária de Fiscalização;

c) contratar todos os seguros, inclusive o de responsabilidade civil, necessário à perfeita cobertura das atividades objeto do presente convênio, referentes às embarcações de sua propriedade;

d) proceder aos seguintes reparos e/ou substituições sempre que necessário, relativamente às embarcações cedidas, e desde que aprovados pela Comissão Paritária de Fiscalização, mediante processo licitatório, de acordo com a legislação em vigor:
I) casco e respectiva rampa de acesso;
II) leme e seus acessórios;
III) hélices;
IV) motores;
V) baterias;
VI) sistema elétrico como um todo;
VII) sistema de transmissão;
VIII) bombas de refrigeração e drenagem;
Mediante descrição acima, solicito ao setor jurídico e poder executivo e legislativo analisar a possiblidade de acrescentar ou alteras cláusulas que tragam maiores benefícios e qualidade garantindo a qualidade e segurança do serviço e funcionamento das BALSAS, perante a renovação desse convênio com vigência de 01/10/2014 a de 30/09/2019, conforme estabelecido na Lei nº 8.666/93. 

Os problemas no Porto de Delfinópolis foram agravados por Furnas com o  deplecionamento do nível do lago do reservatório da Usina de Peixotos, desde 2014, o desempenho das balsa dependem de:
Sol, chuva, neblina, vento.
Ancoradouro.
Balsa em funcionamento.
O nível desigual da água que sobe e desce sem manutenção no porto previamente.
Responsabilidade de Furnas.
Administração Municipal
Atenção do Governo Estadual.
Priorização do Governo Federal

Referente aos problemas acima aponto algumas soluções que talvez possam amenizar a situação: compra de GPS de qualidade, colocar boias traçando uma rota, realizar a manutenção de forma periódica das balsas, manter as 3  balsas funcionando quando tiver fila (constantemente), construção e manutenção de um porto de qualidade atendendo carros, caminhões e evitando acidentes, cobrar dos políticos responsáveis em todas esferas atitudes certeiras erradicar o problema eliminando as enormes filas que trava o município.

A última balsa tem mais de 30 anos sem manutenção adequada que é de responsabilidade de FURNAS. Sei que ao ler esse texto vão argumentar a falta de chuva, baixa do volume de água, fator que provoca diversos problemas na balsa, atolamentos, encravadores, etc. Mas o principal motivo dessa baixa é a demanda de geração de energia que vem sofrendo constante aumento. 

O lago de furnas é o responsável por abastecer seis hidrelétricas que gera energia até o sul do país. E é esse uso desmedido da água de furnas que faz com que o Rio fique com o volume de água tão baixo e acaba atrapalhando o turismo e outras atividades econômicas das cidades ao redor do lago. 

“A usina Mascarenhas de Moraes, com 476.000 MV(*) de potência instalada, iniciou sua operação em abril de 1957, e sua concessão se encerra em 2024, conforme site de furnas.”

O Código de Ética das empresas integrantes do Sistema Eletrobrás, em seu item 5, expões o descumprimento de diversos pontos por parte de Furnas para com a população de Delfinópolis, in verbis:

“ 5.1. Considerar todos os grupos sociais envolvidos em todas as fases dos empreendimentos, desde o planejamento, de forma a identificar suas expectativas e necessidades, visando a minimizar os impactos ambientais, sociais e culturais nessas comunidades; 

5.2. Manter canais permanentes de comunicação e diálogo junto às comunidades, estabelecendo uma relação de respeito às pessoas e às culturas locais; 

5.3. Contribuir para o desenvolvimento sustentável das comunidades, participando da elaboração e implantação de projetos, em parceria com entidades locais, considerando suas demandas e expectativas e respeitando sua diversidade; 

5.4. Atuar de forma indutora ao desenvolvimento local e regional onde atua, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida das comunidades e para a preservação do equilíbrio ambiental das regiões dos seus empreendimentos.” (Código de Ética das Empresas Integrantes do Sistema Eletrobrás).

Baseado no código de ética de Furnas evidencia-se o descaso dessa estatal com o município de Delfinópolis, como cidadã e em nome do bem de nossa população venho reivindicar o empenho de Furnas, no cumprimento das reivindicações que apresentamos abaixo: 

Doação ou financiamento de uma balsa que atenda a atual demanda do trafego de veículos em caráter de URGÊNCIA.
A realização do projeto da PONTE
O término dos ancoradouros.
Finalizar a construção da balsa elétrica.
A CONSTRUÇÃO DA PONTE, como garantia do Direito de “IR E VIR”.
Realizar as manutenções preventivas e corretivas nas balsas evitando interdição, conforme exigências dos órgãos reguladores, para atendimento à crescente demanda do fluxo diário de veículos, garantido através da Constituição Federal, no Inciso XV do Art. 5.º.
Retorno do nível do reservatório da Usina Marechal Mascarenhas de Morais, visando à garantia da manutenção das atividades produtivas do Município;
Ainda em cumprimento ao Código de Ética, investimentos em educação continuada aos nossos jovens, através da disponibilização de cursos de capacitação e formação profissional no Município.
Auxílio financeiro às entidades sociais e ONGs do Município, em cumprimento ao programa de Responsabilidade Social das empresas integrantes do Sistema Eletrobrás.
Cumprimento do estabelecido do item 5 do Código de Ética já citado anteriormente.

Seria injusta se deixasse passar despercebido os royalties que Furnas deposita para o município, considero esse valor como uma esmola doada para nos acomodarmos diante de imensos problemas vindouros desde a construção  dedya usina. Assim como a renda da balsa, que se desde o início da inundação tivesse sido aplicado de forma correta em benfeitorias para o Porto, certamente seriamos boje um município independente de Furnas.

A população de Delfinópolis carrega parte dessa culpa ao estabelecer o silêncio e o a o descaso, não se deve aceitar um problema como “rotina”. Todo cidadão independente do cargo que ocupa pode e deve cobrar soluções do poder público. 

Entendam que independente de partido, o prefeito, vereadores, deputados, senadores, governadores e Presidente da República após eleitos devem governar para todos e não somente para seus eleitores.

Aproveito para agradecer cada prefeito e vereador que passou por nosso município contribuindo para a construção e crescimento, cada um agiu de acordo com os interesses e ferramenta do momento, mas escreveram sua história.

Reitero que os balseiros pilotam pedaços de balsa. Pode existir falha humana sim, mas essa falha humana é provocada por falta de ferramenta para trabalhar, neste caso faltam embarcações novas com condições de serem dirigidas. Esses profissionais merecem nosso respeito. 

Agradeço a Suely o seu esforço em resolver esse imenso problema que provoca tantos outros, peço a Deus para guiar seus Passos, afinal nosso futuro depende da sua administração.

Serei mais criticada do que com as postagens na minha página PONTE PARA DELFINÓPOLIS, onde posto os problemas de Delfinópolis/MG, principalmente o do Porto, evidenciando problemas na busca que alguém com interesse real pelo município estabeleçam ações e atitudes que nos tirem desta ILHA imposta pela INUNDAÇÃO, crie e estabeleça pontes para o crescimento e progresso de nossa cidade.

Para terminar quero dizer que minhas postagens não denigre Delfinópolis, o que denigre Delfinópolis, são os problemas existentes há décadas que são tratados como rotineiros. Para todo problema existe uma solução. Só não existe solução para a morte. Imploro que resolvam isso antes que vidas tenham que ser perdidas numa tragédia anunciada e ignorada.

Convido vocês cidadãos de Delfinópolis e região a unirem nessa nobre causa, deixe o comodismo de lado, gritem por SOCORRO, a única saída para o momento é postar fotos e vídeos para que todos se conscientizem dos riscos que moradores e visitantes correm. Já postei ônibus de estudantes, caminhão, carro em perigo e diversos outros acontecimentos. Não vamos ficar a deriva, na inércia, sua voz, seu texto pode ser a solução. Vamos transmitir nossos problemas aos quatro cantos, não para denegrir quem está no poder, mas como forma de auxílio para nossa querida Delfinópolis. 
Não reclame apenas na Prefeitura. Protocolem as reclamações nos órgão competentes, sua reclamação pode ajudar a erradicação desse problema.

Pretendo com esse texto conscientizar a todos que balsa sempre será problema, PONTE É A SOLUÇÃO.


Fabiana Lopes de Oliveira Cardoso
Delfinópolis, 20/09/2018 

5 comentários:

  1. Muito obrigada pelo apoio e oportunidade de expor nossas necessidades. PONTE É A SOLUÇÃO.

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  2. Eu agradeço o apoio e a atenção do Jornal e o apoio a população de Delfinópolis e seus visitantes.

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  3. Parabéns pela manifestação. Apresento humilde sugestão: enviar convite aos candidatos a Deputado Federal e Estadual da região, para irem a Delfinopolis e ver de perto a situação crítica pela qual a cidade passa, e explicar o que propõe para melhora-la. O momento é agora, durante a campanha - depois que estiverem eleitos, não se interessarão mais.

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  4. Sabem que acompanho com real interesse todas as questões relacionadas a nossa terra,e sempre me faço presente aos movimentos pró- Delfinópolis.
    Nesta publicação, chama minha atenção este item:
    - “A usina Mascarenhas de Moraes, com 476.000 MV(*) de potência instalada, iniciou sua operação em abril de 1957, e sua concessão se encerra em 2024, conforme site de furnas.”
    Se há uma data preestabelecida para o fim da concessão (2024), o que acontecerá? Será estabelecida nova CONCESSÃO? Em que base? Alguém sabe esclarecer estes pontos?

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