Mudanças na lei e mais segurança também são reivindicações da categoria,
que realizou 35 protestos
01 de
julho de 2013 | 23h 11
Tiago Dantas
- O Estado de S. Paulo
Caminhoneiros e manifestantes fizeram
ontem 35 protestos em 23 rodovias de 9 Estados do País. Eles pedem redução no
preço dos pedágios e dos combustíveis, mudanças na legislação e mais segurança.
À tarde, a Justiça determinou o desbloqueio das estradas federais. Em São
Paulo, a Polícia Militar foi usada para liberar a Castelo Branco. O governador
Geraldo Alckmin (PSDB) quer cobrar indenização dos manifestantes.
Veja também:
Sérgio
Castro/AE
Manifestantes invadem a pista e bloqueiam a Rodovia Anchieta
Inicialmente, os protestos estavam
programados para terminar só na terça-feira,2. Na Anchieta, porém, os
caminhoneiros decidiram liberar as pistas por volta das 19h, depois de 13 horas
fechada. Eles prometem voltar às 5h de hoje, bloqueando o tráfego nos dois
sentidos. Na Castelo Branco, que ficou bloqueada das 5h40 às 20h30, os
motoristas pretendiam dormir dentro dos veículos, mas a PM frustrou o protesto
usando bombas de efeito moral e balas de borracha, segundo os caminhoneiros. As
filas chegaram a 8 km.
"A polícia chegou jogando bomba
e tirando os caminhões com guinchos. A gente teve de sair. Não teve
jeito", afirmou o caminhoneiro Claudinei de Oliveira, de 40 anos. Segundo
ele, uma mulher foi ferida por uma bala de borracha e levada ao hospital pelo
marido de caminhão. A PM informou que a Tropa de Choque foi deslocada para a
rodovia. "A gente vai se mobilizar para fazer um novo protesto",
disse Pereira. A paralisação da Castelo foi organizada por meio das redes
sociais, na internet. Apenas um dos sindicatos que representam a categoria
apoiou a manifestação, o Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC) - as
centrais sindicais rejeitaram vínculo. Em todo o Estado, 8 rodovias tiveram
bloqueios.
Alckmin determinou, no fim da tarde
de na segunda-feira, 1, que a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) entrasse com
uma ação judicial para pedir a liberação imediata das rodovias e impedir
eventuais novos bloqueios. A PGE pretende cobrar indenizações pelos prejuízos
causados pelas manifestações. Por outro lado, o governo atendeu indiretamente a
um pedido dos caminhoneiros. A cobrança do eixo suspenso, prevista para começar
ontem, foi adiada por tempo indeterminado.
"A cobrança não foi
implementada, pois ainda depende da conclusão de medidas jurídicas e
técnicas", informou a Agência de Transportes do Estado de São Paulo
(Artesp). A cobrança havia sido anunciada na semana passada por Alckmin como
uma das medidas necessárias para viabilizar a suspensão do reajuste dos
pedágios.
Justiça. A Justiça Federal no Rio
proibiu que manifestações de caminhoneiros interrompessem o tráfego nas
rodovias federais, como a Dutra. Na decisão, a juíza afirmou que a paralisação
poderia impedir a liberdade de locomoção.
A ViaOeste, responsável pela Castelo,
entrou, na sexta, com cinco pedidos de interditos proibitórios (que impedem o
bloqueio total das rodovias). A 6.ª Vara Cível de Barueri concedeu uma liminar
na sexta. Na segunda, a juíza responsável pelo caso enviou os autos para a 3.ª
Vara Cível, que tinha negado pedido semelhante no mesmo dia. / COLABOROU
MARIÂNGELA GALLUCCI
Fonte: www.estadao.com.br
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