Chuva e menos
calor garantem água nas torneiras de Franca
21/10/2014
Autor(a): Tarissa Esteves Função: Repórter Foto(s): Cassiano Lazarini/Comércio da Franca
Após uma semana marcada pela
falta d’água em Franca, a Sabesp informou que a situação de abastecimento na
cidade está “momentaneamente regularizada” e não haverá torneiras secas nos
bairros, pelo menos, durante esta semana. Mesmo com o alívio trazido pelas
últimas chuvas, o alerta quanto ao consumo exagerado de água continua, já que a
Sabesp diz não saber quanto tempo o reforço pode aguentar a demanda local, caso
não chova pelos próximos dias.
Segundo a companhia, as chuvas
do último fim de semana nas regiões de cabeceira dos rios Canoas e Pouso Alegre
juntamente com a queda da temperatura foram fatores que contribuíram para a
mudança temporária de cenário de escassez. Atualmente, a reserva de água em Franca
está com 92% de sua capacidade.
“A população também tem
colaborado para o consumo consciente da água, mas é fundamental que não haja
desperdício de água. É importante ressaltar que ainda estamos num período de
crise hídrica, uma das piores da história”, alertou a Sabesp. Segundo a
companhia, o francano ainda consume cerca de 170 litros de água/dia por
habitante, 60 litros a mais do que é recomendado pela Organização Mundial de
Saúde, ou seja, 110 litros de água/dia.
A situação de escassez ainda
exige esforços para que toda a cidade consiga ser abastecida. No último sábado,
por exemplo, passou a funcionar a captação de água na antiga represa de São
João, capaz de fornecer 40 litros por segundo. A Sabesp também tem buscado
recursos de poços artesianos de 50 postos de gasolina e mantido 27
caminhões-pipa buscando água em três represas, além de outras cuja água é
levada até o sistema de captação por meio de tubulações.
Semana de seca
Com a temperatura batendo
recordes - chegando a 37,3ºC, como no dia 15 - e a seca das torneiras
constatadas em quase metade da cidade em um único dia, os francanos apelaram
para a compra e estocagem de água. De acordo com distribuidoras ouvidas pelo
Comércio, o aumento nas vendas variou de 15% a 80% - sendo o segundo caso
constatado em estabelecimentos que distribuem o líquido para outros
revendedores, como supermercados. “Estamos trabalhando horas extras para dar
conta da logística”, afirmou Daniele Angel da Silva, que trabalha em uma
distribuidora.
Já a população, além de
comprar água, tentou garantir o próprio abastecimento à base da estocagem.
“Aqui, na Vila Imperador, ficamos três dias sofrendo com o ‘vai e vem’ da água
nas torneiras. Quando voltou, guardei um pouco para o consumo próprio e deixei
a reserva da caixa d’água só para o banho”, contou o encarregado de manutenção
Livaldo Ferreira. “Via a previsão de quando deveria acabar a água e guardava um
pouco em baldes. A que escorria da máquina de lavar roupas, eu também reservava
para conseguir limpar a casa durante a semana”, disse a aposentada Adriane
Davanço, moradora do bairro Júlio D’Elia.
Fonte:
www.gcn.net.br
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