sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Baixa do reservatório da UHE Mascarenhas de Moraes (Lago de Peixotos)

Do Jornal CP Cássia


Os municípios de Delfinópolis e São João Batista do Glória receberam ofício/notificação da Eletrobras/Furnas, dando conta de que a partir da data do recebimento do aludido documento, o nível do reservatório da UHE Mascarenhas de Moraes seria deplecionado da cota máxima de 666,12 metros para cota mínima de 653,12 metro.

Segundo Furnas, as bacias que compõe o Sistema Interligado Nacional, em particular a Bacia do Rio Grande, atravessam período de severa seca, mencionando que os valores mínimos de afluência nos últimos 83 anos vêm sendo prejudicados.

Informou ainda que os níveis de operação da represa em questão foram projetados para realização de seus trabalhos em cotas máxima e mínima, asseverando que a cota mínima, embora nunca antes utilizada, poderá ser atingida.

Ao final da notificação Furnas informou que a medida encontra arrimo nas diretrizes dos órgãos reguladores, solicitando que os municípios envidem as ações necessárias para que se evite transtornos as populações, tendo sido assinado por um dos seus gerentes, atuante no Centro de Serviços Compartilhados de Minas Gerais.

A adoção da medida supracitada traria não apenas aos municípios notificados, mas a todos os municípios lindeiros à represa, prejuízos incalculáveis, além do fato de que, com a baixa do nível da represa a sua cota mínima, os resultados teriam contornos catastróficos para os municípios, suas populações e para o meio ambiente.

Acometido por temor da grave ameaça que a medida anunciada por Furnas representou os municípios rapidamente se mobilizaram para, em conjunto, adotarem medidas cabíveis contra a pretendida baixa.

Neste sentido, no dia 06 de maio de 2014, os municípios da região se reuniram no plenário da AMEG – Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Grande -, para realização de debates com o intuito de adotar medidas em desfavor da mencionada redução do nível da represa.

A reunião culminou com a feitura, publicação nos meios midiáticos e envio a Furnas de uma Moção de Repúdio à redução para cota mínima do nível do reservatório em questão, assinada pelo presidente da AMEG e prefeito de São Sebastião do Paraíso, Rêmolo Aloíse, com o qual fizeram coro todos os municípios componentes da aludida associação.

Além da referida moção, a reunião resultou também no Ofício PR/012/2014, encaminhado ao Ministério Público Federal (recebido em 06 de maio de 2014, explanando a situação, apontando os prejuízos e solicitando adoção de medidas em desfavor da Eletrobras/Furnas, conforme cópia do aludido ofício que segue anexa.

Os contatos realizados junto a Furnas com o fito de que ela se abstivesse de adotar as medidas anunciada demonstraram-se infrutíferas.

Deste modo, os municípios de Delfinópolis, Passos e São João Batista do Glória se reuniram com o intuito de adotar medida judicial no sentido de impedir a baixa anunciada.

Assim, liderados pelo município de Delfinópolis, e sob a responsabilidade técnica do advogado Neisson da Silva Reis, foi ajuizada Ação de Obrigação de Não Fazer cumulada com Pedido de Tutela Antecipada.

A Ação seu mostrou frutífera, tendo obtido êxito no pedido de tutela antecipada em caráter liminar, tendo sido determinado a Furnas Centrais Elétricas e também ao ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico Brasileiro que deixasse de realizar a baixa pretendida até segunda ordem.

Houve recurso direcionado ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região contrária a decisão, entretanto, permaneceu em vigor, informando que já nessa fase apenas o município de Delfinópolis era quem defendia a ação contra os recursos contrários e ajuizava os pertinentes, contando com a atuação do advogado Neisson da Silva Reis.

A decisão em Brasília foi mantida pelos desembargadores.

Após de 75 dias da medida que impedia que Furnas e o ONS baixassem o nível do reservatório, após pedido de reconsideração da decisão e apresentando supostas medidas contras os impactos negativos que seria acarretados, a decisão que proibia a baixa foi revogada pelo Juiz Federal da Subseção Judiciária de Passos.

Na decisão que permitiu que o nível da represa foi baixado, ficou determinado que Furnas teria o prazo de 15 dias para construir um novo porto entre Delfinópolis e Cássia, além de ter que prolongar a vertente do esgotamento sanitário de Delfinópolis, o que não foi realizado no prazo assinalado.

O Município de Delfinópolis ajuizou recurso contra a decisão que autorizou a baixa, sendo que este encontra sob análise dos Desembargadores do Tribunal Regional Federal da 1ª Região em Brasília.

Nesta última terça-feira, dia 26 de agosto de 2014, o advogado Neisson da Silva Reis protocolou na Justiça Federal de Passos pedido de reconsideração da decisão adotado pelo Juiz, apresentando como principal fundamento o fato de que Furnas não cumpriu com as determinações do Juiz.

São grandes a chances do Juiz reconsiderar sua decisão e deverá analisar o pedido de reconsideração até a próxima quinta-feira.

No que pese o embate ainda persistir e ação ainda não ter chegado ao fim, Furnas adotou uma nova postura mais amistosa e conciliadora, especialmente perante o município de Delfinópolis, que é que lidera a luta contra a baixa na represa, com uma atuação firme e presente do Prefeito Municipal Pedro Paulo Pinto e do advogado consultor jurídico do município de Delfinópolis (ex Procurador do Município de Cássia) Neisson da Silva Reis.

O Município de Delfinópolis contou com a ajuda de diversos órgãos e pessoas contra baixa do nível do reservatório, como a Emater de Delfinópolis que é quem forneceu os principais dados técnicos e relatórios para que a ação fosse ajuizada e obtivesse êxito.

Furnas baixou a guarda e tem tentando um acordo amistoso com Delfinópolis, sendo que nos próximos dias o Prefeito de Delfinópolis Pedro Paulo Pinto e o advogado Neisson da Silva Reis serão recebidos pelo próprio Presidente de Furnas, Flávio Decat, em sua sede no Rio de Janeiro para discutir uma solução amistosa para o conflito instaurado.



Ação Judicial na Usina Hidrelétrica de Mascarenhas de Moraes (Peixotos) influencia outras regiões do país a lutarem contra decisões do sistema elétrico brasileiro e suas concessionárias

Municípios da região de Santa Fé do Sul, no interior de São Paulo, através de Consórcio Intermunicipal em prol do desenvolvimento do turismo local, juntamente com a APROPESC, Associação de Piscicultores da referida região e também junto da Associação Brasileira da Indústria e Processamento de Tilápia – AB TILÁPIA, inspirados pelos bons resultados obtidos com a ação ajuizada pelos Municípios de Delfinópolis, Passos e São João Batista do Glória, também ingressaram com ação em desfavor do Operador Nacional do Sistema Elétrico e contra a CESP – Companhia Energética de São Paulo.

A Região em questão é uma grandiosa estância turística, além de ser a principal criadora de peixes do país.

Com a baixa do reservatório da represa da Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira, que já operava muito abaixo de sua quota mínima, a região, piscicultores, agricultores, municípios e até mesmo o transporte hidroviário da região estavam comprometidos, com prejuízos que poderia superar a casa de R$ 1.000.000.000,00 (um bilhão de reais).

Assim, aos municípios e as associações couberam ingressar com a ação para que o ONS e CESP fossem proibidos de dar vazão e gerar energia na UHE de Ilha Solteira.

Houve decisão favorável em relação a proibição, tendo sido determinado ao ONS e a CESP que não mais gerassem energia e dessem qualquer vazão na UHE de Ilha Solteira que a terceira maior do país.

O advogado contratado pelo Consórcio Intermunicipal, pela Associações de Piscicultores e pela Associação Brasileira da Indústria e Processamento de Tilápia para defender seus interesses contra o ONS e contra a CESP foi o advogado cassiense Neisson da Silva Reis, tendo conseguido obter êxito com o pedido de tutela antecipada em caráter liminar.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Moradora do Bairro São Francisco, em Cássia, é sorteada pela campanha dos devotos de Aparecida


Por Rui Ataíde




A moradora Rita de Cássia Félix Silveira, residente à Rua Itambé, 77 no bairro São Francisco, foi agraciada ao ser sorteada pela campanha dos devotos de Aparecida para receber em sua casa a imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida, símbolo para os católicos de peregrinação e fé. Rita faz parte da campanha dos devotos desde 2002, onde contribui mensalmente para a manutenção e obras na Basílica de Nossa Senhora Aparecida, localizada na cidade de Aparecida-SP. Rita, seu esposo Leonardo (Nardo), filho Raí, familiares, amigos e moradores do bairro São Francisco, não mediram esforços para que a recepção fosse, além de muito digna, também calorosa, onde moradores de toda a cidade de Cássia e também alguns visitantes de cidades vizinhas puderam se reunir em oração, seja para pedidos ou agradecimentos à Nossa Senhora Aparecida. Estiveram presentes também, o padre Sandro, autoridades políticas de Cássia, a equipe da Rádio Cultura de Cássia, que fez a transmissão ao vivo do evento, e o conjunto do grupo de oração que abrilhantou com muita música, alegrando ainda mais o ambiente. A imagem peregrina veio conduzida pelo padre Evaldo e acompanhada pela equipe da TV Aparecida, onde o mesmo é também apresentador de programa de TV. A equipe fez entrevistas com vários moradores além da família sorteada, entrevistas estas que serão juntadas a outras reportagens feitas em toda a cidade para o programa do padre Evaldo que será exibido no dia 26/09/2014 às 10:15 da manhã.

Jornal CP Cássia

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Justiça Federal autoriza redução de 13 metros na Represa de Peixoto
Juiz revogou liminar que vetava a medida de redução do reservatório.
Prefeituras do Sul de MG têm até o dia 26 para recorrerem da decisão.

Do G1 Sul de Minas



Após muita polêmica, a Represa de Peixoto, em Ibiraci (MG), deve ter o volume de água reduzido em 13 metros. A decisão foi autorizada pela Justiça Federal, conforme previsto pelo Operador Nacional do Sistema (ONS).
O juiz Bruno Augusto Santos Oliveira revogou a liminar que ele mesmo havia expedido em maio, que vetava a medida de redução do reservatório. Segundo o juiz, Furnas precisa comprovar que haverá ações para reduzir os impactos ambientais com a diminuição do volume de água da represa.
Entre os municípios banhados pela represa, Delfinópolis (MG) deve ser o mais prejudicado, já que tem cerca de mil hectares de plantações irrigadas. As prefeituras têm até o dia 26 de agosto para recorrerem da decisão de diminuição do volume de água.
 Nível da Represa do Peixoto, em Ibiraci, deve ser reduzido por Furnas (Foto: Reprodução EPTV / Luciano Tolentino)

Redução do nível
No início de maio, Furnas Centrais Elétricas fez o anúncio de que pretendia reduzir o nível da Represa de Peixoto, que fica entre Passos (MG) e Delfinópolis, em até 13 metros. O anúncio gerou vários protestos de moradores e autoridades que temem as consequências da queda do nível. Moradores, prefeitos e representantes de Furnas se reuniram em uma audiência pública para discutir a questão. Por causa da estiagem, o ONS estuda a redução do reservatório até a cota mínima, que é de 653 metros em relação ao nível do mar.
Em Delfinópolis, moradores e donos de ranchos apontaram vários impactos negativos que a cidade pode sofrer caso a medida seja tomada, como, por exemplo, a balsa, que é o principal meio de acesso ao município. Na agricultura, o primeiro impacto é na irrigação de lavouras, além dos ranchos, que também devem ficar sem água. Outra preocupação é com as áreas onde o esgoto é lançado.
No dia 20 de maio, uma liminar da Justiça Federal suspendeu a medida anunciada por Furnas Centrais Elétricas. Na liminar, o juiz Bruno Augusto Santos Oliveira determinou que Furnas apresentasse as justificativas para a redução do nível do lago.

Saiba mais:

Fonte: G1 Sul de Minas

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Eduardo Campos morre em Santos após queda do avião em que viajava

Jato caiu sobre casas em um bairro residencial da cidade, no litoral paulista.
Presidenciável do PSB tinha viajado para cumprir agenda de campanha.

Do G1, em Brasília
Eduardo Campos conversa com jornalistas no estúdio do G1 na segunda-feira (11) (Foto: Caio Kenji/G1)O candidato Eduardo Campos no estúdio do G1 durante entrevista na última segunda (11) (Foto: Caio Kenji/G1)
O candidato a presidente do PSB, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morreu na manhã desta quarta-feira (13) após a queda do jato particular em que viajava em um bairro residencial em Santos, no litoral paulista. Ele tinha completado 49 anos no último domingo (veja fotos da trajetória do presidenciável).
Arte Queda avião Eduardo Campos (VALE ESTA) (Foto: Editoria de Arte / G1)
Chovia no momento do acidente. A Aeronáutica informou em nota que o avião decolou do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto de Guarujá (SP). "Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave", informou a nota (leia a íntegra da nota ao final desta reportagem). Moradores disseram ter visto uma bola de fogo no céu. Segundo bombeiros, 13 residências foram atingidas pelos destroços.
Campos tinha uma programação de campanha em Santos nesta quarta. De acordo com a assessoria do candidato, ele participaria às 8h, às 9h30 e às 14h30 de entrevistas a emissoras de televisão locais. Às 10h30, concederia uma entrevista coletiva às 12h30 participaria de um seminário sobre o Porto de Santos.
A bordo da aeronave (veja como foi a queda do avião), estavam sete pessoas, das quais cinco passageiros (entre eles Campos) e dois tripulantes. Veja a lista dos mortos:
Eduardo Campos, candidado à Presidência
- Alexandre da Silva, fotógrafo
- Carlos Augusto Leal Filho (Percol), assessor
- Geraldo da Cunha, piloto
- Marcos Martins, piloto
- Pedro Valadares Neto
- Marcelo Lira
Seis vítimas do acidente que moravam na área onde caiu o avião foram para a Santa Casa de Santos, entre elas duas crianças, duas mulheres e uma idosa. Segundo o hospital, todos passam bem.
A Polícia Federal enviou seis peritos para Santos a fim de trabalhar na apuração da causa do acidente. Aeronáutica e Polícia Civil também vão investigar.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) se deslocou para a cidade depois de tomar conhecimento da morte de Campos. "Estamos diante de uma tragédia que entristece todo o país. Quero em nome do povo de São Paulo trazer nossos sentimentos a todos os familiares das pessoas que perderam a vida nesse acidente", afirmou Alckmin.
A presidente Dilma Rousseff decretou luto oficial de três dias. "Estivemos juntos, pela última vez, no enterro do nosso querido Ariano Suassuna. Conversamos como amigos. Sempre tivemos claro que nossas eventuais divergências políticas sempre seriam menores que o respeito mútuo característico de nossa convivência", afirmou a presidente em nota oficial.
Os principais adversários de Campos na campanha eleitoral, Dilma e Aécio Neves (PSDB), cancelaram os compromissos de campanha.
Todos os comitês de Dilma suspenderam as atividades após a confirmação da morte. "Estou absolutamente perplexo", afirmou Aécio Neves no Rio Grande do Norte.
Nove anos antes, em 2005, no mesmo dia (13 de agosto), morreu o avô do presidenciável, Miguel Arrais, de quem Campos era herdeiro político.
Campos deixou o governo de Pernambuco em abril deste ano para concorrer à Presidência da República.
Segundo a mais recente pesquisa de intenção de voto do Ibope, divulgada no último dia 7, ele tinha 9% das intenções de voto, atrás de Dilma, com 38%, e Aécio, com 23%.
De acordo com a legislação eleitoral, o PSB poderá registrar em até dez dias outro candidato para substituir Eduardo Campos na disputa pela Presidência da República.
A morte de Eduardo Campos repercutiu de imediato no mundo políítico.
"Estamos muito chocados com tudo", afirmou o deputado federal Marcio França (PSB), presidente do diretório estadual do partido em São Paulo.
Cronologia Eduardo Campos (Foto: Editoria de Arte / G1)
França afirmou que Campos estava acompanhado de integrantes da equipe da campanha, como jornalistas e fotógrafo. Ele relatou que a mulher de Campos e o filho não estavam no jato – eles voltaram para Pernambuco em um avião de carreira.
No perfil da Rede Sustentabilidade no Twitter, foi publicada a seguinte nota: "Todos estamos chocados com a morte de Eduardo Campos, em queda de avião hoje de manhã. Marina Silva segue agora para Santos (SP)".
A ex-senadora Marina Silva é a candidata a vice na chapa de Campos. Como o partido dela, a Rede Sustentabilidade, não conseguiu registro a tempo para concorrer na eleição deste ano, ela se filiou ao PSB. Ela poderá substituir Eduardo Campos como candidata ou permanecer como vice.
No Congresso, parlamentares falaram sobre o episódio. O deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG) disse que foi informado da queda da aeronave pelo deputado Márcio França (PSB). "Estou atordoado. Parece que perdemos o Eduardo, uma liderança da nossa geração", declarou Delgado antes de saber da confirmação da morte.
A Aeronáutica divulgou nota informando sobre a queda do avião, que saiu do aeroporto Santos Dumont, do Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto do Guarujá, cidade vizinha de Santos.
Leia a íntegra da nota:
O Comando da Aeronáutica informa que nesta quarta-feira (13/08), por volta das 10h, uma aeronave Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, caiu na cidade de Santos, no litoral de São Paulo.
A aeronave decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto de Guarujá (SP). Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave.
A Aeronáutica já iniciou as investigações para apurar os fatores que possam ter contribuído para o acidente.
Brasília, 13 de agosto de 2014.
Brigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic
Chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica

Fonte: G1 Sul de Minas. 

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Preso em Birigui sapateiro acusado de assassinato de comerciante francana em Cássia

Foto(s): Dirceu Garcia/Comércio da Franca

José Roberto Castro é detido em imagem de arquivo

Procurado desde março deste ano, o sapateiro francano José Roberto de Castro Filho, 25, foi capturado sábado em Birigui (SP). Principal suspeito da morte da comerciante francana Erlane Aparecida da Silva, ocorrido em 24 de março de 2011, Castro Filho teria fugido de Franca após o Poder Judiciário de Minas Gerais decretar sua prisão preventiva.

Sua captura ocorreu após denúncia a PMs da Força Tática. Em patrulhamento pela área central de Birigui, PMs o abordaram. No Plantão, seu nome foi confirmado e o mandado de prisão, cumprido. Castro Filho foi então encaminhado à cadeia de Penápolis (SP), de onde seguirá nesta semana para o presídio de Cássia (MG), onde ocorreu o crime. 

O assassinato

Erlane da Silva, então com 34 anos, foi assassinada com golpes de macaco automotivo num rancho em Cássia (MG). O principal suspeito, José Roberto, até sábado passado, não cumpriu nenhum dia preso. Em maio de 2011, em entrevista exclusiva ao Comércio, ele se disse inocente. No entanto, as investigações o apontaram como autor do homicídio.

O crime ocorreu no dia 24 de março. Segundo a polícia, Castrou Filho ligou para Erlane, que era proprietária de uma loja de confecções na Praça das Bandeiras, em Franca, e a convenceu a viajar até um rancho em Cássia. No local, por motivos desconhecidos, o sapateiro teria matado a mulher usando um macaco automotivo. No dia seguinte, o rapaz se apresentou, estava com um cheque de R$ 2 mil em nome da vítima, mas por ter escapado do flagrante, foi liberado e passou a responder ao inquérito em liberdade. Como não atendeu aos chamados da Justiça mineira, teve a prisão decretada. Ele irá a júri popular por homicídio doloso (quando há intenção de matar).

Fonte: Comércio da Franca. GCN.net.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Peixes ‘desaparecem’ com estiagem no Rio Grande, em Passos, MG

Pescadores enfrentam dificuldades para manter atividade na região.
Nível do rio que era de seis metros não passa de um metro atualmente.


Do G1 Sul de Minas

A estiagem tem modificado as paisagens e hábitos no Sul de Minas. Em Passos(MG), o Rio Grande é visto praticamente sem água. O leito do rio que deveria ter uma profundidade de seis metros, não passa de um metro e os pescadores sofrem para conseguir trabalhar, já que o nível da represa também está baixo.

Abaixo da barragem do Rio Grande, cerca de 2 mil pescadores profissionais dependem do pescado para o sustento da família, no entanto, a falta de chuvas tem prejudicado a sobrevivência na região. “O rio está com o nível muito baixo. O máximo que conseguimos navegar é um metro em locais que a profundidade era de até seis”, comentou o pescador Miguel Arcanjo.

Em um ponto conhecido pelos pescadores como Lagoa, onde existia a desova dos peixes, o nível está tão baixo que os pescados já desapareceram. “Aqui era um berçário dos peixes e agora não conseguimos mais pescar”, completou o pescador.

Já em outro ponto, a vegetação dividiu o rio ao meio e os ranchos ficaram isolados. Para navegar é preciso desligar o motor da canoa e usar o remo. Onde antes existia água, hoje é rancho para os pescadores, onde é possível andar normalmente.

“Eu colocava a canoa aqui na entrada. Antes pescava bastante e atualmente não pego quase nada. Eu pegava até 300 kg de peixe por semana e agora não chega nem a 100. Está muito ruim a sobrevivência. Algumas espécies como a tilápia também estão sumindo do Rio Grande”, comentou Manoel Vilela de Souza, que construiu um rancho há 25 anos.

Estiagem no Rio Grande faz diminuir número de peixes em Passos (Foto: Reprodução EPTV)

Já o pescador Pedro Tomás de Godoi conta que precisa ir cada vez mais longe para tentar encontrar peixes no Rio Grande e manter o restaurante que tem no local. “Tenho que entrar cada vez mais no rio para pescar. Está cada vez mais difícil”, contou.

O presidente da Associação dos Pescadores Profissionais de Passos e Região. João Batista Rodrigues está assustado. “Não temos muitos motivos para sermos otimistas em relação ao futuro da pescaria. Cada vez mais a nossa riqueza natural está escassa e outras pessoas estão inclusive mudando de ramo”, disse.

Pior vazão dos últimos 84 anos

Uma pesquisa feita pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) mostra que o Rio Grande vive a pior vazão de água dos últimos 84 anos. Segundo a companhia, em julho, que o rio atingiu sua pior vazão, 33 metros cúbicos por segundo. Em junho, a situação não foi tão diferente: 37 metros cúbicos por segundo.

Conforme a Companhia de Abastecimento de Minas Gerais (Copasa), nas 17 bacias hidrográficas de Minas Gerais, há registro de baixa nas vazões de todos os principais rios. Em julho, o nível de chuva registrado foi 50% menor do que o esperado para o mês.

Fonte: G1 Sul de Minas

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Rio Grande tem a pior vazão dos últimos 84 anos, diz Cemig

Segundo companhia, vazão é de 33 metros cúbicos por segundo.
Nível que já chegou a 200 metros cúbicos atualmente é metade de 2013.

O Rio Grande, um dos principais do Sul de Minas e do país, vive a sua pior vazão de água dos últimos 84 anos. A informação é da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Em julho, um levantamento da companhia apontou que o rio atingiu sua pior vazão, 33 metros cúbicos por segundo. Em junho, a situação não foi tão diferente: 37 metros cúbicos por segundo.

A vazão do Rio Grande vem sendo medida desde 1931 pela Cemig, quando o nível registrado era pouco maior que 200 metros cúbicos de água por segundo. Há um ano a situação era bem melhor que a de hoje. Conforme a Cemig, em julho do ano passado, o Rio Grande estava com uma vazão de 75 metros cúbicos por segundo, mais que o dobro do atual.

Conforme a Companhia de Abastecimento de Minas Gerais (Copasa), nas 17 bacias hidrográficas de Minas Gerais, há registro de baixa nas vazões de todos os principais rios. Em julho, o nível de chuva registrado foi 50% menor do que o esperado para o mês.

Segundo o presidente da Bacia Hidrográfica do Rio Grande, Cláudio Heitor de Oliveira, o nível atual do Rio Grande é crítico e não há previsão de melhora.

Rio Grande tem a pior vazão em 84 anos segundo a Cemig (Foto: Reprodução EPTV)

"Segundo especialistas, vai demorar de 1 a 2 anos de chuva normal para o rio atingir o nível normal. Torcemos para que chova muito, pois piorar a situação fica bem difícil, pois o rio já está em nível crítico", disse o presidente da bacia hidrográfica.

Ainda conforme Oliveira, o prejuízo para a região não é apenas financeiro.

"Além do aspecto financeiro, que atinge diretamente os pescadores, o prejuízo é turístico e ambiental. O aspecto da agricultura também fica prejudicado já que os produtores não vão ter como captar água", ressalta o presidente.

Fonte: G1 Sul de Minas.