quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Justiça Federal autoriza redução de 13 metros na Represa de Peixoto
Juiz revogou liminar que vetava a medida de redução do reservatório.
Prefeituras do Sul de MG têm até o dia 26 para recorrerem da decisão.

Do G1 Sul de Minas



Após muita polêmica, a Represa de Peixoto, em Ibiraci (MG), deve ter o volume de água reduzido em 13 metros. A decisão foi autorizada pela Justiça Federal, conforme previsto pelo Operador Nacional do Sistema (ONS).
O juiz Bruno Augusto Santos Oliveira revogou a liminar que ele mesmo havia expedido em maio, que vetava a medida de redução do reservatório. Segundo o juiz, Furnas precisa comprovar que haverá ações para reduzir os impactos ambientais com a diminuição do volume de água da represa.
Entre os municípios banhados pela represa, Delfinópolis (MG) deve ser o mais prejudicado, já que tem cerca de mil hectares de plantações irrigadas. As prefeituras têm até o dia 26 de agosto para recorrerem da decisão de diminuição do volume de água.
 Nível da Represa do Peixoto, em Ibiraci, deve ser reduzido por Furnas (Foto: Reprodução EPTV / Luciano Tolentino)

Redução do nível
No início de maio, Furnas Centrais Elétricas fez o anúncio de que pretendia reduzir o nível da Represa de Peixoto, que fica entre Passos (MG) e Delfinópolis, em até 13 metros. O anúncio gerou vários protestos de moradores e autoridades que temem as consequências da queda do nível. Moradores, prefeitos e representantes de Furnas se reuniram em uma audiência pública para discutir a questão. Por causa da estiagem, o ONS estuda a redução do reservatório até a cota mínima, que é de 653 metros em relação ao nível do mar.
Em Delfinópolis, moradores e donos de ranchos apontaram vários impactos negativos que a cidade pode sofrer caso a medida seja tomada, como, por exemplo, a balsa, que é o principal meio de acesso ao município. Na agricultura, o primeiro impacto é na irrigação de lavouras, além dos ranchos, que também devem ficar sem água. Outra preocupação é com as áreas onde o esgoto é lançado.
No dia 20 de maio, uma liminar da Justiça Federal suspendeu a medida anunciada por Furnas Centrais Elétricas. Na liminar, o juiz Bruno Augusto Santos Oliveira determinou que Furnas apresentasse as justificativas para a redução do nível do lago.

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Fonte: G1 Sul de Minas

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