Justiça Federal autoriza redução de 13 metros na Represa de Peixoto
Juiz
revogou liminar que vetava a medida de redução do reservatório.
Prefeituras do Sul de MG têm até o dia 26 para recorrerem da decisão.
Prefeituras do Sul de MG têm até o dia 26 para recorrerem da decisão.
Do G1 Sul de Minas
Após
muita polêmica, a Represa de Peixoto, em Ibiraci (MG), deve ter o
volume de água reduzido em 13 metros. A decisão foi autorizada pela Justiça
Federal, conforme previsto pelo Operador Nacional do Sistema (ONS).
O juiz
Bruno Augusto Santos Oliveira revogou a liminar que ele mesmo havia expedido em
maio, que vetava a medida de redução do reservatório. Segundo o juiz, Furnas
precisa comprovar que haverá ações para reduzir os impactos ambientais com a
diminuição do volume de água da represa.
Entre
os municípios banhados pela represa, Delfinópolis (MG) deve ser o
mais prejudicado, já que tem cerca de mil hectares de plantações irrigadas. As
prefeituras têm até o dia 26 de agosto para recorrerem da decisão de diminuição
do volume de água.
Nível da
Represa do Peixoto, em Ibiraci, deve ser reduzido por Furnas (Foto: Reprodução
EPTV / Luciano Tolentino)
Redução
do nível
No início de maio, Furnas Centrais Elétricas fez o anúncio de que pretendia
reduzir o nível da Represa de Peixoto, que fica entre Passos (MG) e
Delfinópolis, em até 13 metros. O anúncio gerou vários protestos de moradores e
autoridades que temem as consequências da queda do nível. Moradores, prefeitos
e representantes de Furnas se reuniram em uma audiência pública para discutir a
questão. Por causa da estiagem, o ONS estuda a redução do reservatório até a
cota mínima, que é de 653 metros em relação ao nível do mar.
Em
Delfinópolis, moradores e donos de ranchos apontaram vários impactos negativos
que a cidade pode sofrer caso a medida seja tomada, como, por exemplo, a balsa,
que é o principal meio de acesso ao município. Na agricultura, o primeiro
impacto é na irrigação de lavouras, além dos ranchos, que também devem ficar
sem água. Outra preocupação é com as áreas onde o esgoto é lançado.
No dia
20 de maio, uma liminar da Justiça Federal suspendeu a medida anunciada por
Furnas Centrais Elétricas. Na liminar, o juiz Bruno Augusto Santos Oliveira
determinou que Furnas apresentasse as justificativas para a redução do nível do
lago.
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Fonte: G1 Sul de Minas
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