quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Rio Grande tem a pior vazão dos últimos 84 anos, diz Cemig

Segundo companhia, vazão é de 33 metros cúbicos por segundo.
Nível que já chegou a 200 metros cúbicos atualmente é metade de 2013.

O Rio Grande, um dos principais do Sul de Minas e do país, vive a sua pior vazão de água dos últimos 84 anos. A informação é da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Em julho, um levantamento da companhia apontou que o rio atingiu sua pior vazão, 33 metros cúbicos por segundo. Em junho, a situação não foi tão diferente: 37 metros cúbicos por segundo.

A vazão do Rio Grande vem sendo medida desde 1931 pela Cemig, quando o nível registrado era pouco maior que 200 metros cúbicos de água por segundo. Há um ano a situação era bem melhor que a de hoje. Conforme a Cemig, em julho do ano passado, o Rio Grande estava com uma vazão de 75 metros cúbicos por segundo, mais que o dobro do atual.

Conforme a Companhia de Abastecimento de Minas Gerais (Copasa), nas 17 bacias hidrográficas de Minas Gerais, há registro de baixa nas vazões de todos os principais rios. Em julho, o nível de chuva registrado foi 50% menor do que o esperado para o mês.

Segundo o presidente da Bacia Hidrográfica do Rio Grande, Cláudio Heitor de Oliveira, o nível atual do Rio Grande é crítico e não há previsão de melhora.

Rio Grande tem a pior vazão em 84 anos segundo a Cemig (Foto: Reprodução EPTV)

"Segundo especialistas, vai demorar de 1 a 2 anos de chuva normal para o rio atingir o nível normal. Torcemos para que chova muito, pois piorar a situação fica bem difícil, pois o rio já está em nível crítico", disse o presidente da bacia hidrográfica.

Ainda conforme Oliveira, o prejuízo para a região não é apenas financeiro.

"Além do aspecto financeiro, que atinge diretamente os pescadores, o prejuízo é turístico e ambiental. O aspecto da agricultura também fica prejudicado já que os produtores não vão ter como captar água", ressalta o presidente.

Fonte: G1 Sul de Minas.

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