quinta-feira, 22 de junho de 2017

Idosa de 90 anos espera 20h por internação na Santa Casa de Franca 

O secretário municipal de Saúde, Rodolfo Moraes, reconheceu a superlotação da S. Casa e disse que tomou ‘algumas medidas’

Pouco mais de 20 horas. Este é o período que a família da dona de casa aposentada Ordalina Silva de Carvalho, de 90 anos, afirma que foi necessário ela esperar por uma vaga na Santa Casa de Franca. Portadora do Mal de Alzheimer, Ordalina começou a passar mal no último domingo, 18, quando deixou de urinar e sentir as pernas. Encaminhada para o Pronto-socorro “Dr. Álvaro Azzuz”, ela foi medicada e retornou para casa. Na terça-feira, 20, por volta do meio-dia, ainda passando mal, ela retornou ao PS. Lá, após realizar diversos exames foi diagnosticada com pneumonia.

 
“Ela estava com dores desde domingo e, como não melhorou, a filha resolveu voltar para o pronto-socorro na terça-feira. Ela foi atendida e diversos exames foram realizados, comprovando a pneumonia. Como ela estava bastante debilitada e precisa de medicamentos, inclusive pelo tratamento do Mal de Alzheimer, o médico solicitou a internação”, disse Sônia Natalina Siqueira, 48, ex-nora da aposentada.
 
De acordo com Sônia, o primeiro pedido de internação aconteceu por volta das 15 horas e, somente no dia seguinte, por volta das 13 horas, ela foi transferida. “Foi pedida a internação dela na terça-feira uma vez e outra na quarta-feira, segundo a enfermeira que estava nos acompanhado, mas nos dois casos foi negado. Ela estava sem medicação e sofrendo”, disse.
 
“Como estávamos apavorados com o sofrimento dela e preocupados com a demora e, mesmo depois de reclamar diversas vezes não tivemos sucesso, decidimos procurar a imprensa. Infelizmente é assim, sem denunciar não conseguimos nada, nem nossos direitos”, completou Sônia.
 
Justificativas
Em nota, a Santa Casa informou que “segundo os registros foi solicitada vaga para a paciente na terça-feira, 20, às 22h32, sendo negada pela Santa Casa em função de lotação no PMP (Plantão Médico Permanente) - o caso continuou em andamento até a entrada da paciente ontem, 21, às 13h46 - que já se encontra internada e em tratamento”.
 
Já o secretário de Saúde, Rodolfo Moraes, reconheceu o problema e disse que tomou “algumas medidas”. “A Santa Casa está superlotada e a Secretaria de Saúde já tomou algumas medidas para ajudar no fluxo de pacientes no Pronto-socorro deles. Para isso, transferimos alguns serviços, que antes eram realizados pela Santa Casa, para a rede municipal. Como exemplo, podemos citar tratamentos longos com antibióticos, que antes eram feitos na Santa Casa e ocupavam leitos, e atrapalhava. O Samu também, no momento do atendimento, já analisa os casos e, dependendo da gravidade, encaminha para os PSs ou as UPAs. Existe a baixa de leito e a Santa Casa tem dificuldade para resolver isso, para isso é preciso auxílio do município e Estado”, disse.

Fonte: gcn.net

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