sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Franca exporta 3,2 milhões de pares de calçados em 2017



Em 2017, as fábricas de Franca produziram 27 milhões de pares, contra 30 milhões em 2016

Mesmo com as turbulências políticas e econômicas internacionais, as empresas de Franca conseguiram exportar 3,217 milhões de pares de calçados no ano passado. O número ficou pouco abaixo do verificado em 2016, quando foram embarcados 3,245 milhares de pares. Mas as vendas para o mercado externo proporcionaram um faturamento de US$ 76,2 milhões, o que representou um aumento próximo de 10% em relação ao desempenho obtido no ano anterior. 
A quantidade ficou aquém, também, do projetado pelo setor, que esperava fechar o ano com 3,6 milhões de pares exportados, mas manteve-se na média que vem se repetindo nos últimos dez anos. O principal destino dos calçados francanos continua sendo os Estados Unidos, seguidos da Argentina e Paraguai.
Se as exportações se mantiveram no mesmo patamar, a produção foi menor. No ano passado, as fábricas de Franca produziram 27 milhões de pares, contra 30 milhões em 2016. A capacidade instalada do polo produtor local é de 40 milhões. O teto quase foi atingido em 2013, quando Franca produziu 39,5 milhões de pares.
O crescimento no faturamento das empresas de Franca com as exportações seguiu o desempenho médio obtido pelo setor em nível nacional. Os calçadistas do País embarcaram 127,13 milhões de pares que geraram US$ 1,09 bilhão, 9,3% mais do que em 2016. Foi o melhor resultado financeiro desde 2013, quando o faturamento foi de US$ 1,095 bilhão.
Heitor Klein, presidente da Abicalçados (Associação Brasileira das Indústrias de Calçados), avalia que os resultados poderiam ser melhores não fosse a oscilação cambial. 
Ele afirma que o exportador brasileiro foi heróico em 2017 ao trabalhar estratégias diferenciadas para atrair compradores, com produtos de maior valor agregado e que concorrem em qualidade, pois os principais concorrentes do setor estão muito à frente das empresas nacionais no que se refere à carga tributária, logística e custos de produção em geral. 
“Se o exportador competir no preço, está com os dias contados. Nisso, os asiáticos são imbatíveis. Por isso é importante fazermos a lição de casa, melhorar as condições de produtividade do portão para dentro da fábrica e esperar menos por mudanças econômicas e tributárias que, infelizmente, parecem distantes de ocorrer”.
Couromoda é esperança para impulsionar negócios
A Couromoda 2018 é esperança de bons negócios para os produtores de calçados de Franca. O presidente do Sindifranca, José Carlos Brigagão do Couto, diz que a feira será um bom termômetro para o setor. 
“Acredito já em bons resultados e expectativa positiva para as empresas que participarem. Buscamos o fortalecimento das exportações. É claro que ainda precisamos de muitas melhorias, especialmente as reformas por parte do Governo Federal”, disse Brigagão, em entrevista ao Comércio no último fim de semana.
De acordo com a assessoria de imprensa da feira, mais de mil compradores internacionais são esperados nesta edição da Couromoda. A maioria deve vir de países latino-americanos.
A Couromoda, que comemora 45 anos, acontece na próxima semana, de segunda a quinta-feira, no Expo Center Norte, em São Paulo. Junto a ela, acontece a oitava edição da São Paulo Prêt-à-Porter - Feira Internacional de Negócios para Indústria de Moda, Confecções e Acessórios.

Fonte:gcn.net

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