sábado, 12 de março de 2016

Nos Estados Unidos, Davi Miguel comemora 2 anos de vida em casa


Nos Estados Unidos, Davi Miguel comemora 2 anos de vida em casa

Andar de motoca e assistir a desenhos são as brincadeira favoritas do pequeno Davi Miguel Gama

Desde que nasceu, Davi Miguel luta diariamente pela vida mas, hoje, o dia é de festejar. Com bolo, salgado, ao lado dos pais, irmão e amigos, o pequeno guerreiro irá completar seu segundo aniversário - o primeiro fora de um hospital. “A expectativa de ver chegar esse momento é muito boa. A festinha de um ano, a gente fez no hospital: cantamos parabéns. Mas, agora, poderemos fazer isso em casa”, disse o pai de Davi, Jesimar Gama. 
 
Além da ocasião em si, a família tem mais motivo para comemorar. Desde que teve alta, há cerca de cinco meses, as internações foram constantes. Mas, há três meses, ele conseguiu se estabilizar e não mais foi internado. “Agora pode ficar em casa. Ele acorda tarde, por volta das 10 horas, toma um banho e já começa a brincar. Fica vendo o Patati e Patatá, George, o curioso e adora passear na motoquinha. Tem um parque em frente ao local onde a gente mora, que é onde mais fazemos passeios com ele”, contou Jesimar. “O Davi Miguel está bem, graças a Deus, e a cada dia nos surpreendendo. Já está quase andando e fala bastante coisas, como mamãe, papai, vovó, vovô e irmão”, disse a mãe Dinea Gama.
 
Quanto a seu estado de saúde, a família revela que, além da espera por um doador, os médicos preveem que ele precisará de alguns anos para se restabelecer fisicamente antes de se submeter a um procedimento tão invasivo quanto o transplante multivisceral. “Segundo os médicos, o transplante poderá demorar até quatro anos, porque o Davi precisa se restabelecer. Durante o tempo que ficou internado, perdeu muitas veias e acessos principais. Ele pode não resistir ao procedimento se os acessos não estiverem bons”, disse Jesimar. “Para nós, é uma espera angustiante, porque pode acontecer de ele não aguentar esperar todo esse tempo. Os órgãos dele podem não resistir. Mas a gente acredita muito que vai dar certo. O Davi nos transmite muita força e, de nós para ele, não pode ser diferente. Saber que muita gente gosta dele nos dá força também.”
 
A jornada
Davi Miguel Gama nasceu em 12 de março de 2014 e, após iniciar uma abrupta perda de peso em seus primeiros cinco dias de vida, foi diagnosticado com um mal raro, conhecido como doença de inclusão das microvilosidades, que impede a absorção dos nutrientes dos alimentos. 
 
No Hospital das Clínicas, de Ribeirão Preto, os pais sapateiros, Dinea e Jesimar Gama, souberam que o procedimento que poderia salvar seu filho, um transplante multivisceral, custaria milhões de dólares e teria mais chance de sucesso se realizado no Jackson Memorial, hospital localizado em Miami, nos Estados Unidos. O choque foi grande, mas não a ponto de paralisar o casal, que procurou ajuda na Justiça, na mídia e contou com a solidariedade da população para conseguir dar ao pequeno o tratamento adequado, ainda que milionário. 
 
Com a campanha Movidos pela vida de Davi Miguel, chegaram a arrecadar R$ 1,5 milhão, mas ainda não era suficiente. Em abril de 2015, uma decisão judicial obrigou a União a arcar com os gastos do tratamento e 70% da arrecadação da campanha deveria ser usado no tratamento. Já o restante seria revertido à manutenção da família no exterior.
 
Entre as internações no Hospital Regional, em Franca; Hospital das Clínicas, em Ribeirão Preto; Hospital Samaritano, em São Paulo; e Jackson Memorial, em Miami (EUA); Davi Miguel viveu dentro de muros hospitalares até seu 1 ano e 7 meses. A alta veio em 13 de outubro de 2015, quando o pequeno passou a viver, pela segunda vez desde seu quinto dia de vida, na companhia dos pais e do irmão mais velho, Gabriel, em um apartamento adaptado a suas necessidades, em Miami. 

Fonte:gcn

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