Prefeito e vice de Delfinópolis abrem mão dos salários por um ano
Enquanto os novos administradores de cidades da região se desdobram para pagar salários atrasados de servidores, dívidas com fornecedores e sofrem com a situação que encontraram os cofres das Prefeituras, o prefeito de Delfinópolis (MG), Dr. Fernando José Pinto (PMDB), e a vice-prefeita Suely Lemos (Solidariedade) resolveram abrir mão de seus salários por um ano. A economia, de acordo com eles, chegará a R$ 234 mil e ajudará a amenizar a dívida da cidade, que hoje é de aproximadamente R$ 7 milhões.
“Essa não era uma promessa de campanha. Mas, desde que tomei conhecimento da situação que a cidade se encontrava, foi uma opção minha. Tenho estabilidade financeira, assim como a minha vice-prefeita e, no momento em que sugeri essa ação, ela me apoiou prontamente. Para comprovar e tornar real a decisão, fizemos uma lei municipal e durante esse ano não teremos salário”, disse o prefeito, que foi eleito no ano passado pela quarta vez para administrar a cidade onde nasceu.
Professora aposentada, a vice-prefeita Suely Lemos também afirmou que o principal objetivo da medida é investir o dinheiro em melhorias para a cidade e ajudar a diminuir a dívida atual. “A crise econômica do nosso país afetou bastante a receita e, como podemos abrir desses salários e queremos o melhor para a nossa cidade, decidimos juntos dar esse passo”, disse.
Com uma arrecadação anual estimada em R$ 37 milhões, Delfinópolis, de acordo com Dr. Fernando, vem acumulando dívidas desde 2012. “Acho que essa é a melhor forma de mostrarmos que estamos trabalhando para reerguer a cidade”, afirmou.
Além de abrir mão dos salários, o prefeito disse que tem trabalhado para diminuir as despesas e aumentar as receitas da cidade. Para isso, cortou horas extras, pretende instituir taxa para quem utilizar a balsa, tanto na saída como na entrada na cidade, e reajustar alguns impostos, entre outras medidas que ainda serão estudadas.
“Estamos empenhados em uma administração pautada na economia e com foco na melhoria de serviços e pagamento das dívidas. Quando assumi, vi que a situação era precária, com dívidas com INSS, financiamentos com bancos e restos de contas a pagar. Com uma dívida de R$ 7 milhões e a arrecadação caindo, esse é um pequeno passo ante tudo o que ainda vamos enfrentar”, completou o prefeito Dr. Fernando.
Fonte:gcn.net.br