Córneas captadas na Santa Casa de Franca-SP possibilitam 400 transplantes
O trabalho de conscientização feito pela Comissão de Transplantes da Santa Casa, somado à solidariedade de famílias que perderam seus entes queridos, tem sido fundamental para salvar vidas de pacientes que necessitam do procedimento e para fazer com que centenas de pessoas possam recuperar a visão.
A Comissão, coordenada pelo médico Marcelo de Paula Lima e a pela enfermeira Ana Carolina Botto Paulino, conta com uma equipe multiprofissional especializada, que engloba médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e fisioterapeutas, entre outros. O grupo atua junto às famílias de potenciais doadores de órgãos com o objetivo de informar e conscientizar sobre a importância do ato de autorizar a doação.
Uma das ações desenvolvidas é o “Projeto Luz”, voltado exclusivamente para a captação de córneas. No ano passado, as abordagens realizadas pela equipe na Santa Casa resultaram em 140 doações e um total de 280 unidades captadas. Em janeiro deste ano, foram captadas mais 34 córneas. Os materiais são encaminhados para o Banco de Olhos do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto. “As córneas que captamos em Franca contribuíram para a realização de 400 transplantes realizados pelo HC de Ribeirão Preto no ano passado. São pessoas que conseguiram melhorar a visão, graças ao gesto nobre dos familiares que autorizaram a doação dos órgãos”, disse Nanci Mara Dias, integrante da Comissão de Transplantes.
A Santa Casa segue complexo protocolo técnico na captação do órgão para manter sua qualidade, possibilitando um transporte seguro e que mantenha sua integridade física até o momento do implante no paciente receptor. A doação beneficia mais de um paciente, já que a pessoa não recebe duas córneas de um mesmo doador.
Segundo a ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos), mais de 3,2 mil pacientes, adultos e pediátricos, foram transplantados em 2017. A fila para o transplante é estadual e única, tendo um tempo de espera de aproximadamente quatro meses.
Em relação a outros órgãos, a Comissão de Transplantes conseguiu oito doações de familiares de pacientes que tiveram morte cerebral no ano passado. Com isso, foram captados sete fígados, 15 rins, um coração e quatro unidades de ossos.
“O número de potencial doador é bem maior, mas nem todas as famílias autorizam. Infelizmente, ocorrem muitas recusas por conta das pessoas não terem consciência da importância de autorizar a doação e ajudar quem está na fila aguardando o transplante. Precisamos levar mais informações e explicar sobre os benefícios deste ato de generosidade”, disse.
Fonte:gcn.net
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