Família de Davi Miguel recorre para garantir tratamento nos EUA
A advogada da família do bebê Davi Miguel Gama, Angélica Martori, interpôs um agravo no Tribunal Regional Federal de São Paulo. “A finalidade desse pedido é que o transplante seja feito no Hospital de Miami, Jackson Memorial. Também foi solicitado que parte do dinheiro fique para as despesas da família no exterior”, disse a advogada. A resposta deve sair em até 20 dias.
A Justiça Federal autorizou o transplante do bebê no último dia 22. Ficou a critério da União indicar em que centro médico será feito o procedimento. Também foi decidido que seja usado primeiramente o dinheiro arrecadado em campanhas promovidas por amigos e familiares do garoto. Somente depois de esgotar esse recurso, o governo passaria a custear o tratamento de Davi Miguel.
Foi ressaltado no processo que, atualmente, não é possível executar o tratamento no Brasil, fato provado por documentos apresentados pelos dois hospitais brasileiros credenciados para a realização de transplante de intestino, que jamais realizaram o procedimento. As duas unidades são o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e o Albert Einstein. O hospital de Miami é apontado como uma possibilidade.
Foi pedido também que pelo menos 40% do dinheiro arrecadado fique com os pais da criança. A expectativa é que eles passem cerca de dois anos em outro país. “A família do Davi não tem condições de se manter no exterior. Eles não terão nem autorização para trabalhar, então precisarão desse dinheiro para se manter”, disse a advogada.
Até agora foi arrecadado um total aproximado de R$1,5 milhão, o objetivo é chegar aos R$ 6 milhões. “Seria insensato desprezar as doações realizadas com o fim específico quando o orçamento público não conta com fonte certa e determinada para atender a pretensão inicial”, afirmou o presidente do TRF de São Paulo, o desembargador Fábio Prieto, na decisão.
Histórico do caso
O bebê francano Davi Miguel Gama, agora com 1 ano de idade, nasceu com uma síndrome rara no intestino, que impede a absorção de nutrientes dos alimentos. Ele está internado desde o quinto dia de vida e atualmente é atendido pelo Hospital Samaritano, em São Paulo.
A família entrou na Justiça para conseguir o custeio do tratamento do garoto nos Estados Unidos, onde as chances do transplante dar certo são maiores. O nome do hospital onde será feita a cirurgia deve ser divulgado em oito dias.
Davi passou por um procedimento médico na manhã de ontem para a colocação de um novo cateter. O instrumento foi inserido na região do tórax para ter acesso a uma veia central e é necessário para a nutrição do bebê.
Fonte: gcn.net.br
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