Quadrilha composta por francanos faturou R$ 3 milhões em seis meses
O delegado-assistente, César Saad, comanda as investigações feitas por delegacia especializada da capital paulista
A investigação acerca de uma quadrilha que rouba, clona e vende veículos, além de falsificar e adulterar documentos, continua. Três francanos, presos em São Paulo desde quarta-feira após serem pegos no posto de combustíveis Galo Branco, são suspeitos de atuar diretamente no esquema milionário e de proporções nacionais. O grupo, composto por mais de 30 pessoas, sendo 15 já presas, lucrou R$ 3 milhões em apenas seis meses.
Segundo o apurado pela 2ª Divecar - Delegacia de Roubos de Cargas, um setor especializado do Deic (Delegacia de Investigações Sobre o Crime Organizado), a quadrilha tinha divisão de tarefas. Com isso, o retificador Kaique César Faria, 19, residente no Jardim Pinheiros II; o sapateiro Caio César Pereira, 22, do Jardim Luiza, e o mototaxista Thiago Augusto Judice, 22, que mora no Jardim São Francisco, eram alguns dos responsáveis pela negociação e entrega dos carros em todo o País. Eles faturavam o preço de mercado dos veículos.
Antes que os três pudessem vender, através de páginas da internet e redes sociais como o Facebook, outros membros da quadrilha roubavam e furtavam os automóveis em diversas cidades. “Essa quadrilha age de forma interestadual, não é restrito. Eles roubam e furtam, clonam as placas e, depois, anunciam e vendem. O caso segue sob investigação para que mais membros sejam presos”, disse o delegado-assistente da 2ª Divecar, César Saad.
Um exemplo da ação envolvendo os francanos foi o Hyundai IX35 apreendido na última quarta-feira no Galo Branco (a polícia esclareceu que o estabelecimento não tem qualquer relação com o caso, sendo apenas o local onde os suspeitos foram encontrados), onde todos foram presos. O automóvel, de uma advogada de Santa Bárbara d’Oeste, foi furtado em agosto de 2014 e teve suas placas clonadas.
Além do IX35, uma VW Saveiro, com placas ETF-2570, de Jaú, foi pega com o trio, que negou envolvimento em qualquer ação de roubo e furto. Os francanos, no entanto, confirmaram que negociavam os carros. Um terceiro automóvel, um VW Golf, também foi apreendido e pode ter sido clonado.
Todos os carros foram encaminhados para perícia e levados para o Pátio Municipal de São Paulo. Ontem, segundo um funcionário da especializada paulistana, os suspeitos participaram de uma audiência de custódia e tiveram a liberdade negada pelo juiz, fato que os manterá presos no 4º CDP (Centro de Detenção Provisória) da capital. Eles foram autuados em flagrante por receptação qualificada, adulteração do sinal identificador de veículo e associação criminosa.
Como funciona
Após efetuar a clonagem e adulteração das placas, a quadrilha modificava o chassi e falsificava diversos documentos do carro e do proprietário para que, quem o adquirisse, não soubesse que se tratava de um produto ilícito.
Dali em diante, entravam os francanos e outros integrantes da quadrilha, que vendiam os veículos a terceiros. Através de contatos feitos na internet, os suspeitos negociavam a preços de mercado para não deixar as vítimas desconfiadas.
Retificador Kaique Faria, 19, do Jardim Pinheiro II
Sapateiro Caio César Pereira, 22, do Jardim Luiza II
Mototaxista Thiago Judice, 33, do Jardim São Francisco
Fonte: gcn.net.br
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