terça-feira, 20 de outubro de 2015

Quatro pessoas são presas durante 'Operação do Ministério Público' na Prefeitura de Passos




Quatro pessoas foram presas temporariamente durante uma ação em conjunto da Polícia Civil e do Ministério Público em Passos (MG). Segundo Paulo Queiroz, delegado regional da polícia, entre os detidos estão o atual secretário de Administração e ex-secretário de Saúde da prefeitura, Gilberto Lopes Cançado, o atual secretário de saúde, Dickson de Castro, o ex-diretor da Unidade de Pronto Atendimento, Ildelfonso Pereira Medeiros Filho, e o ex-delegado da Polícia Civil e atual assessor especial da prefeitura, Wagner Caldeira

A operação iniciou-se às 06 hs da manhã. A execução dos mandados de prisão e busca e apreensão contou com a participação de policiais civis de Passos e região, juntamente com membros do Ministério Público e do GEEP - Grupo Especial de Promotores de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Minas Gerais.

A suspeita do MP é que eles operavam um esquema de desvio de verbas, que pode chegar a R$ 790 mil, através do pagamento de horas extras indevidas. São investigadas mais de 800 horas de trabalho contabilizadas entre setembro de 2013 e agosto de 2014.

De acordo com o promotor Paulo Frank, foram executadas as quatro prisões e oito mandados de busca e apreensão. Ainda de acordo com o promotor, o prefeito da cidade, Ataíde Vilela (PMDB), não está sendo investigado.

Nota enviada pela Prefeitura de Passos

O Ministério Público solicitou do Poder Judiciário a busca e apreensão de documentos nas secretarias municipais de Administração e Saúde e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e no posto de combustíveis de propriedade do secretário municipal de Administração.

O MP pediu e o Judiciário deferiu as prisões temporárias dos secretários Dickson Helinton de Castro (Saúde), Gilberto Lopes Cançado (Administração), do ex-diretor da UPA Ildefonso Medeiros Filho e do assessor Wagner Diniz Caldeira e determinou o afastamento do diretor e da secretária administrativa da UPA.

O MP alega que médicos da UPA, durante investigação sobre pagamento por plantões não trabalhados, disseram ter sidos coagidos a fazer acordo para devolução dos pagamentos dos plantões não cumpridos.

A Prefeitura Municipal de Passos informa que está acompanhando o caso, através da Procuradoria-Geral do Municipal, mas que os acusados são representados por seus advogados particulares. 

A Prefeitura nega que tenha havido coação de médicos e afirma que alguns dos envolvidos assinaram o acordo espontaneamente. O acordo para a devolução do dinheiro dos plantões foi proposto após investigação das secretarias municipais de Administração e Saúde sobre as suspeitas de pagamentos indevidos de plantões para médicos. Grande parte do que foi apurado pela Prefeitura foi enviada para o Ministério Público, para contribuir nas apurações desse órgão. (Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Passos)


Fonte: passos24horas

Nenhum comentário:

Postar um comentário