Bebê luta contra câncer raro; família vende rifas para custear despesas
Foto: Angelo Pedigone/Comércio da Franca
Voluntários e parentes do pequeno Cauã, ao lado da motocicleta e do Fusca que serão rifados
Cauã Marques tem ainda dois anos de idade e já trava uma árdua batalha pela vida. Filho do mecânico desempregado e da dona de casa Reinaldo e Rosemeire Marques, o bebê do Jardim Aeroporto lida há cerca de dois meses com os efeitos do tratamento a que se submete contra um retinoblastoma, câncer raro alojado em seu olho direito, conhecido também como Síndrome do Olho de Gato.
“Graças a Deus conseguimos, pelo plano da Unimed, trazer o Cauã para o Hospital A.C. Camargo, em São Paulo. O caso dele é grave, mas o quadro é ótimo e temos boas chances... No próximo dia 3, o Cauã fará uma cirurgia para a retirada do tumor e também do olho direito”, disse o pai.
Embora possua plano de saúde que garanta os cuidados médicos de Cauã, a família tem enfrentado dificuldades para se manter na capital e conta com a ajuda de amigos e desconhecidos que se uniram em ações beneficentes. “Estamos sorteando uma moto CG Titan, ano 1995, azul, que é do meu tio Reinaldo. Além disso, foram doados um Fusca, outra moto e uma novilha para ajudar o Cauã”, disse Luís Fernando Telini, primo da criança.
Ainda de acordo com ele, que se engaja em ações em prol da causa como venda de pizzas e similares, a previsão dos médicos é que o garoto passe, pelo menos, um ano em tratamento na capital.
Segundo o pai, as despesas para manter um apartamento de um cômodo, alimentação e medicamentos têm girado em torno dos R$ 3,5 mil mensais.
“Devido ao quadro do Cauã, que passa por quimioterapia e fica com a resistência extremamente baixa, temos que morar perto do hospital, que fica no bairro da Liberdade. E o aluguel é muito, muito caro. Ele não pode, estando assim, ficar em meio a muitas pessoas. Então, andar de ônibus e metrô não dá”, disse Reinaldo. “Além disso, ele faz tratamento diário e, se ele tiver febre, temos que correr imediatamente para o hospital. Se ficássemos longe (do hospital), mesmo com carro, ficaria complicado por causa do trânsito e da demora”, completou o pai.
A descoberta
A família de Cauã relata que depois de completar 6 meses de idade, passou-se a observar no olho do menino um pequena mancha, que foi se expandindo. No primeiro semestre deste ano, os pais levaram Cauã a um oftalmologista que teria diagnosticado o quadro como alergia, sempre segundo a família. A descoberta do tumor ocorreria três meses mais tarde, em virtude de uma conjuntivite.
“Em agosto, vimos que o olho do Cauã estava vermelho e inchado. Levamos ele ao plantão da Unimed numa quarta-feira e ele estava com conjuntivite. O médico disse para limpar com soro e aplicar colírio. No sábado a situação estava pior, então voltei à Unimed e já pedi para que um oftalmo olhar o meu filho (e não somente o clínico geral)”, disse Reinaldo.
Na ocasião, a especialista soube pela mãe de Cauã sobre a mancha, que não dava para ser vista tamanho o inchaço ocasionado pela conjuntivite. Depois de levá-lo ao Centro Cirúrgico, vieram as primeiras notícias. “A doutora disse: ‘Não gostei do que eu vi’. O Cauã já ficou internado na Unimed para fazer uma ressonância e, quando o resultado saiu, ninguém afirmou nada, mas a suspeita era que se tratava de um caso de retinoblastoma. Dez dias depois estávamos em São Paulo, onde chegamos no dia 22 de setembro.”
Contatos: 99111-3319 (Líbia) ou 99248-5090 (Célio)
Fonte:gcn.net.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário