União prepara viagem de Davi Miguel
Davi Miguel sorri, brinca com uma colher e faz biquinho em fotos postada por sua família em uma rede social
O Ministério da Saúde confirmou que parte do dinheiro para custear o tratamento e viagem de Davi Miguel Gama foi depositada para o hospital Jackson Memorial, em Miami.
A assessoria do Ministério não informou o valor e a data exata do depósito, mas segundo a advogada da família do bebê, Angélica Martori, o Governo Federal repassou US$ 1 milhão, que corresponde a cerca de R$ 3,2 milhões. Segundo ela, a transferência foi
efetivada no dia 24 de junho, mas nada impede que o hospital solicite mais recursos.
O que falta para que Davi Miguel possa viajar para os Estados Unidos é que o hospital comunique que possui estrutura física para receber a criança, ou seja, que há uma vaga disponível.
“Já está tudo providenciado, já foi feito o depósito para o hospital, o passaporte e os vistos já foram obtidos, a única coisa que falta é o hospital marcar a data que pode receber o Davi”, disse a advogada.
A previsão é que nos próximos 15 dias o bebê, que está internado no Hospital Samaritano em São Paulo, consiga ser transferido.
A advogada confirma ainda que a família já realizou o depósito do dinheiro das doações para a União. Foram arrecadados R$ 1,5 milhão em campanhas em prol da criança na mobilização intitulada “Movidos pela vida - Davi Miguel”.
“Foi depositado em juízo o valor integral numa conta judicial vinculada ao processo. Um total de 70% vai ser transferido para a União e 30% fica nessa conta à disposição da família”, afirmou Angélica. O valor destinado às despesas dos pais de Davi deve ser solicitado mediante justificativa de gastos.
O Ministério da Saúde também informou que uma empresa de transporte já foi contratada e uma UTI aérea com equipe médica está à disposição da criança.
O caso
O bebê francano Davi Miguel Gama nasceu com uma síndrome rara no intestino que impede a absorção de nutrientes. Internado desde o quinto dia de vida, o bebê agora com 1 ano de idade ficou no Hospital Regional de Franca até março deste ano, quando foi para São Paulo. Ele precisa passar por um transplante multivisceral, que não é feito no Brasil.
Segundo o pai, Jesimar Gama, a criança está com a saúde estável e deve passar por um procedimento para colocar um cateter nos Estados Unidos, antes do transplante. “Estamos ansiosos com a viagem do Davi. Toda semana que se inicia, torcemos para dar tudo certo”, disse o pai.
Desde o diagnóstico, a família luta na Justiça para que o Governo Federal banque o tratamento do menino no exterior. No mês passado, a Justiça determinou que União pagasse todo o tratamento, mas a administração federal recorreu e conseguiu que o dinheiro das doações fosse usado também.
Fonte: gcn.net.br
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