sexta-feira, 3 de março de 2017

Café de Cássia e de três cidades da região atravessa fronteiras


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A excelência dos cafés produzidos em Cássia atravessa fronteiras e agora vai para fora do Brasil. A Cooperativa de Cafés Especiais (COOCECER), que engloba os municípios de Cássia, Capetinga, Ibiraci e Claraval, conseguiu vender dois lotes, cada um com 320 sacas, para exportação. O primeiro lote foi vendido em dezembro e o segundo no final de janeiro. Além do café ficar conhecido mundialmente, a cooperativa ainda recebeu prêmios. Cada lote exportado representa um prêmio. Na região, ninguém tem o selo Fair Trade, apesar das várias tentativas, “Só tem em Nova Resende, Poços de Caldas, Varginha, mas próximo daqui não tem nenhuma”, diz o presidente da cooperativa, Miltom Melo Silveira.

Nenhum texto alternativo automático disponível.A exportação só foi possível por meio do Fair Trade (que significa, em inglês, comércio justo), uma certificação internacional difícil de conseguir, tanto que a COOCECER é a única da região a ter este selo concedido pela Flo-Alemanha. O Fair Trade tem como objetivo principal estabelecer contato direto entre o produtor e o comprador, desburocratizando o comércio e poupando-os da dependência de atravessadores e das instabilidades do mercado global de commodities. Para obter o Fair Trade é necessário, para se ter uma ideia, respeito à legislação e às normas (por exemplo, trabalhistas) nacionais e internacionais, o ambiente de trabalho deve ser seguro e as crianças devem frequentar a escola e o meio ambiente deve ser respeitado. O selo tem entre os seus princípios as boas práticas ambientais e sociais. A Flo-Cert faz as vistorias para ver se a produção do grão segue as normas exigidas.

Ganho
O produtor ganha com o Fair Trade porque recebe mais pela saca. O valor da venda não pode ficar abaixo do custo de produção. E o limite imposto em um cenário de queda no preço internacional do café não é aplicado em momentos de alta, quando os negócios acompanham o mercado. Isto quer dizer que se o valor da saca cair no mercado, ele tem um preço mínimo garantido. “A venda não é feita direto ao comprador, ela tem um exportador, que coloca o café lá fora para os produtores”, conta Miltom. O café para ser exportado já está armazenado na Cocapec, em Ibiraci, armazém também certificado pela Fair Trade. Os dois lotes serão depois levados para o Porto de Santos e de lá seguem de navio em contêineres para os países importadores. Os países serão conhecidos apenas depois da exportação. Como o certificado é para uma entidade coletiva, todos os seus integrantes podem exercer seus direitos. No entanto, se um deles deixar de cumprir as regras pode comprometer a certificação dos demais. Parte do prêmio recebido na comercialização é revertida na produção e parte na melhoria das condições de vida da comunidade onde os produtores estão inseridos. 
Para conseguir o cobiçado selo Fair Trade, explica Miltom, primeiro a cooperativa foi uma associação por três anos e depois os documentos foram arrumados e se tornou cooperativa há dois anos. São 52 cafeicultores cooperados que produzem café de primeira qualidade, antes certificados pelo Certifica Minas, concedido pelo governo mineiro. A produção total dos cooperados é de 40 mil sacas do tipo exportação, geralmente vendida para armazéns, que depois vendem para exportadores. A COOCECER é afiliada à Cearca, onde mantém a sua sede e funcionários.

Fonte:Municipio de Cássia

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