quarta-feira, 22 de março de 2017

Problemas com balsas atrapalham escoamento de soja em Delfinópolis

Parte da produção está estocada em silo ou dentro de caminhões. Veículos não conseguem deixar município por causa de embarcações.

Problemas com as balsas e o baixo nível da Represa de Peixotos têm atrapalhado o escoamento da produção de soja de Delfinópolis (MG). Parte do produto que está sendo colhido nesta safra está estocada no único silo da cidade ou dentro de caminhões que não conseguem deixar o município.
O único silo da cidade, com capacidade para 145 mil toneladas, já atingiu a capacidade total. O dono até improvisou bolsões, mas não tem como receber a soja que ainda está no campo.
"Essas bolsas são todas improvisadas, porque não cabe no silo e nós estamos comprando bolsas e pondo, só que agora não tem mais espaço", disse o dono de silo, Sebastião Jesus de Souza.
Cerca de 40 caminhões que trouxeram a soja das lavouras aguardam para descarregar. A espera na fila chega a três dias. "Tem muito caminhão na frente e não tem previsão para descarregar, tem uns nove ou dez caminhões na minha frente", disse o caminhoneiro Valter José.
Todo esse problema de escoamento da produção acontece por causa das balsas, que são as principais formas de acesso a Delfinópolis. Das três balsas, apenas duas estão funcionando e os caminhoneiros reclamam que elas são pequenas e sucateadas.
Problemas em balsas faz produção de soja ficar parada em Delfinópolis (Foto: Reprodução EPTV)Problemas em balsas faz produção de soja ficar parada em Delfinópolis (Foto: Reprodução EPTV)












Outro problema é a estiagem. Dependendo do nível da represa, a balsa encalha e não consegue atracar. Às vezes, o caminhão precisa inclusive passar a noite dentro da balsa. No entanto, não só os produtores de soja que enfrentam dificuldade.
Uma reunião entre produtores rurais e o prefeito de Delfinópolis, Fernando José Pinto, com representantes de Furnas, responsável pela manutenção das balsas, aconteceu nesta quarta-feira. O prefeito pretende terceirizar o serviço.
"Nós temos um convênio com Furnas, a manutenção é de Furnas, dos ancoradouros e das balsas, mas estou pensando até em terceirizar o nosso serviço, porque a prefeitura não comporta, com a dívida do nosso município", disse o prefeito.
A assessoria de imprensa de Furnas disse que já contratou máquinas e escavadeiras para facilitar o acesso dos veículos de carga até as balsas e disse que está buscando uma solução a longo prazo para o problema das balsas. Ainda conforme a assessoria, enquanto isso, Furnas tem feito a manutenção das balsas sempre que necessário.
Fonte: g1.globo sul-de-minas

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