quarta-feira, 29 de março de 2017

Santa Casa corta 75% das cirurgias cardiovasculares

Hospital de São Sebastião do Paraíso enfrenta dívida milionária após Estado mudar teto de gastos









Santa Casa
Santa Casa não paga salário de corpo clínico desde o mês de janeiro

Há três meses sem pagar os médicos e com dívida milionária com fornecedores, a Santa Casa de São Sebastião do Paraíso, no Sul de Minas, precisou reduzir, a partir desta semana, a realização de cirurgias cardiovasculares em até 75% devido ao limite colocado para os gastos mensais.

Pacientes que dependem de operação sem urgência precisam ser transferidos para outras unidades ou estabilizados até o mês seguinte enquanto aguardam procedimentos.

Em 2015, o valor do Teto de Média e Alta Complexidade dos serviços era de cerca de R$ 578 mil, o que possibilitava a realização de, em média, 48 cirurgias por mês. Em abril do ano passado, o valor caiu para R$ 228 mil. “O hospital continuou a manter o atendimento, na expectativa do retorno do teto anterior, mas isso não ocorreu. Acabamos acumulando um déficit de R$ 1,2 milhão desde então”, contou o interventor da Santa Casa, Adriano Rosa do Nascimento. Segundo ele, a redução do teto aconteceu devido a uma realocação dos recursos pelo Estado.

Diante dessa situação, a unidade passou a buscar o cumprimento do teto a partir desta semana, o que significa a realização de cerca de 12 cirurgias por mês. Além dos problemas da unidade cardiovascular, a Santa Casa enfrenta déficits do Estado e do município. O décimo terceiro salário dos funcionários foi dividido em quatro parcelas, das quais uma foi paga, e o salário do corpo clínico não é quitado desde janeiro.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) de Minas informou que os recursos foram redistribuídos entre os municípios após a realização de estudos que visavam à regionalização e à descentralização do acesso a serviços de cardiologia. A medida tem sido monitorada com o objetivo de reavaliar o repasse das verbas.

Questionada por volta das 16h dessa terça-feira (28) sobre os repasses para a Santa Casa, a SES não se pronunciou. O município informou que está buscando alternativas de financiamento para a unidade.

Fonte:otempo

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