Falhas em enterro revoltam família de São José da Bela Vista
Um fato inusitado movimentou a pequena São José da Bela Vista no último fim de semana. Velada pelos familiares durante todo o dia, a aposentada Maria Augusta Medeiros, de 62 anos, deveria ter sido enterrada no final da tarde do sábado, quando uma sucessão de desencontros acabou em confusão e muita revolta. Até a Polícia Militar foi acionada. Sem um coveiro para realizar o sepultamento, o enterro acabou acontecendo apenas na manhã de domingo.
“O coveiro era inexperiente e nunca fez nenhum enterro. Foram várias tentativas, mas a urna simplesmente não cabia dentro do túmulo. Procuramos ajuda, mas não tinha nenhum pedreiro para nos ajudar e o procedimento ficou apenas para a manhã seguinte, prolongando o nosso sofrimento. A sensação é de descaso total com a nossa família”, disse a nora da mulher, Roberta Aguiar.
Com receio de deixar o caixão sem qualquer segurança no cemitério, os amigos e familiares foram atrás do prefeito da cidade. “O nosso receio era deixar ela lá sozinha, mas nem segurança conseguimos e o caixão ficou durante toda a noite no cemitério sozinho. Apenas no domingo, por volta das 11 horas da manhã, foi que conseguimos realizar o sepultamento. Isso com a ajuda do meu marido e alguns amigos que precisaram arrumar ainda cimento e tijolos para fechar o túmulo”, finalizou a nora.
O caso ganhou repercussão e tomou as redes sociais de moradores da cidade, que não se conformaram com a situação. Muitos amigos procuraram a imprensa para denunciar, segundo eles, a situação de abandono em que a cidade se encontra e o desrespeito com a situação.
“Foram pelo menos 10 vezes tentando colocar o caixão dentro do jazigo, mas não foi possível e o corpo ficou de sábado à noite até o domingo de manhã aguardando o sepultamento”, disse uma testemunha, que pediu para não ser identificada.
Outro lado
“A Prefeitura conta com coveiro 24 horas. Fui informado que, na verdade, a urna era incompatível com o tamanho do túmulo, o que provocou todo o problema, já que foi necessário refazer o túmulo. Temos coveiro no cemitério, e não pedreiro. A responsabilidade é manter o coveiro, a limpeza e a segurança do espaço, agora o túmulo é responsabilidade da família”, justificou Vicente de Paula Massino (PSDB), prefeito interino da cidade.
Fonte: gcn
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