quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Funcionárias de creche colocaram alunos em saco de lixo 

Do gcn.net
No canto superior esquerdo, a mulher com o saco de lixo
Quase dois meses depois de uma mãe denunciar ao Conselho Tutelar e à Polícia Civil um caso de maus-tratos ao filho, de apenas 4 anos, na creche-escola “Célia Teixeira Ferracioli”, em Restinga, imagens da professora acusada vieram à tona e, ao contrário da versão dela, confirmam a denúncia.
 
Pais de pelo menos três meninos, com idades entre 4 e 5 anos, procuraram a polícia e acusaram a mulher de colocá-los dentro de um saco de lixo como forma de castigo. 
 
Nos vídeos que circulam desde terça-feira, é possível ver a mulher e uma estagiária usando o saco de lixo para intimidar as vítimas. A última, por exemplo, é vista tentando colocar o saco de lixo em uma criança e puxando-a para si, usando até uma raquete para intimidá-la. 
 
Além disso, outras imagens mostram a professora acusada e responsável pela sala fazendo a mesma coisa com um menino que estava deitado, chegando a colocá-lo dentro do saco. Outras duas funcionárias apenas observam.
 
Segundo o delegado Eduardo Lopes Bonfim, o inquérito foi instaurado como maus-tratos. Mas, dependendo das imagens que eles encontrarem no DVR apreendido da creche-escola no decorrer dos próximos dias, a professora e a estagiária, que é menor de idade, podem responder por tortura. “Uma professora substituta e outra estagiária não participaram, mas ficaram só olhando e nada fizeram”, disse o delegado.
 
O outro lado
A reportagem do Comércio tentou, nessa terça-feira, entrar em contato com a professora acusada através de seu advogado, Rui Engrácia. Porém, ele não atendeu ao telefone. Na ocasião em que as investigações tiveram início, em outubro, o defensor afirmou que as acusações são “infundadas e fantasiosas”.
 
Já a Prefeitura de Restinga afirmou que a professora acusada, inicialmente, segue afastada. O mesmo será solicitado a respeito da docente substituta. Ainda segundo o órgão, as duas e a estagiária que aparece nas imagens podem ser exoneradas dos cargos que ocupam.

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