segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Mulher revela como eliminou 60 quilos e recuperou alegria




Natália Silveira Brigido, 49 anos, pesava 131,90 quilos há um ano e oito meses, quando tomou a decisão de fazer uma dieta e emagrecer. Sem fazer uso de medicamentos e sem nenhuma cirurgia, ela perdeu 60 quilos em um ano e, até hoje, mantém o peso. Ela conta como foi esse processo.

 “Eu era uma adolescente magra. Aos 17 anos, engravidei do meu primeiro filho. Para se ter uma ideia do quanto eu era magra, quando estava no nono mês de gestação eu pesava 48 quilos. Logo depois que meu filho nasceu, comecei a engordar. Na época, o médico disse que podia ser um distúrbio. Mas hoje vejo que era apenas gulodice. Eu não tinha controle, vivia comendo pizzas, lanches e bebia três litros de coca por dia. Eu não bebia água, não comia frutas nem verdura. Fui engordando cada vez mais e, em 2015, já pesava 131,90 quilos com 1,52 de altura! Mesmo sentindo que o meu tamanho estava começando a interferir em minha saúde e no meu convívio social, não dava muita importância. Por exemplo, quando minha sobrinha se casou, convidou a mim e a meu marido para que fôssemos padrinhos. Aceitamos com muita felicidade, claro. Mas não pude ser a madrinha. Não achei um vestido que fosse do meu tamanho. Foi a minha filha que entrou como madrinha no meu lugar. Fiquei mal, mas ainda não enxergava tudo que estava acontecendo. 
 
 
Meu marido, pela primeira vez, falou sobre meu peso. Chorei muito”
 
 Foi só depois de um aviso do meu marido - de que a situação tinha passado do limite - que tomei a decisão de tentar emagrecer. Estamos casados há 30 anos e ele nunca tinha mencionado nada. Mas, em janeiro de 2015, lembro como se fosse hoje, fomos pescar. Sempre fui apaixonada por pesca! Quando fui subir na canoa, não consegui, por causa do excesso de peso. Meu marido pela primeira vez se manifestou sobre meu estado físico e disse ‘Olha, vou te falar uma coisa séria hoje. Ou você emagrece ou vai ter que parar de pescar’. Quando ele disse isso, foi um choque. Eu até já tinha me acostumado a ouvir as pessoas falando do meu peso. E, de verdade, não me enxergava gorda, eu pensava que estava bem comigo e nem ligava. Mas ele nunca tinha falado. Fiquei com muita raiva dele e chorei muito. Naquele dia, depois do que ele disse, comi como nunca e fiquei uma semana sem conversar com ele. E continuei comendo e bebendo muito.
 
 
Patona, você não está conseguindo nem andar”
 
Mas um dia, quando estava deitada para dormir, pedi para Deus que me desse uma luz, que me ajudasse. Eu precisava emagrecer e sabia disso, mas não tinha forças. Tanto que não fiz nada a respeito. Depois de uma semana, meu cunhado me disse algo assim: ‘Patona, você não está conseguindo nem andar’. Briguei com ele e xinguei muito. Alguns dias depois, ele me ligou dizendo que estava indo em uma nutricionista e perguntou se eu queria ir também. Respondi para ele que eu não tinha dinheiro para aquilo. Ele disse que iria pagar para mim. Falei para ele marcar. Mesmo assim, desliguei o telefone brava e pensando que ele deveria cuidar da família dele. Fui à consulta com a nutricionista por ir. Achava que não ia dar em nada e ainda pensei que, se meu cunhado queria gastar dinheiro, que gastasse então. 
 
 
 
Decidi e disse à nutricionista: ‘eu vou conseguir’”
 
Na consulta, a nutricionista disse que eu estava muito acima do peso, tirou fotos, medidas. Disse que minha saúde estava começando a ser comprometida. Meus pés vivam inchados e eu tinha dificuldade para andar. Ela conversou muito comigo, mas tudo o que ela me falou entrou por um ouvido e saiu pelo outro. Quando sai do consultório, fiquei esperando um moço que iria consultar também. De repente, parei para pensar: ‘pedi tanto a Deus uma luz. Talvez essa seja luz que Ele tem para mim’. A nutricionista tinha dito que a mudança dependia apenas da minha força de vontade. Quando ela saiu do consultório, disse para ela: ‘eu vou conseguir’. E ela me respondeu que era isso que ela precisava ouvir. Saí de lá determinada a mudar a minha vida. Mas, não foi fácil. Nos primeiros 15 dias, apenas chorava. Foi um momento muito difícil. Nem aceitava que as pessoas abrissem refrigerante perto de mim. Falei que na minha casa não entrava mais refrigerante, pizza, lanche, essas coisas. Não saia de casa e brigava com todo mundo que comesse perto de mim. Demorou um pouco para que eu aprendesse a lidar com isso. Graças às conversas e conselhos da nutricionista, entendi que aquilo era um processo meu e não da minha família. Minha adaptação à reeducação alimentar foi gradativa. Com o tempo, já entendia que todo o meu esforço era por mim mesma e não pelos outros. Minha casa podia ter comidas, bebidas e doces que eu não precisava em excesso como antes. A nutricionista me ensinou que eu não precisava me empanturrar de comida e fui aprendendo. Hoje vou a festas e sei que posso comer de tudo e não preciso passar vontade”
 
 
 
O que eu gastava pra comprar besteiras, hoje compro comida saudável”
 
“Para me ajudar no processo, comecei a fazer caminhada. No começo, ia obrigada e agora é um dos momentos que mais gosto do dia. Hoje caminho todos os dias e faço zumba duas vezes por semana. Minha alimentação é feita de frutas, verduras e sempre no horário correto. Aprendi a fazer receitas e optar sempre por coisas mais saudáveis. Financeiramente não gasto a mais, porque o dinheiro que eu usava para comprar besteiras para comer, hoje compro comida saudável. Não fiz uma dieta ou regime, fiz uma reeducação alimentar. Em um ano, sai dos 131,90 quilos para 71,92. Agora, faz um ano e oito meses que mantenho o mesmo peso. Não fiz cirurgia, não tomei remédio e contei com o apoio da minha família e amigos. Sou uma nova pessoa, mais saudável e mais feliz.”

Fonte: gcn.net

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