quinta-feira, 28 de julho de 2016

Carmen Steffens ameaça demitir 200 funcionários


Foto de: William Borges/Comércio da Franca

O presidente do Sindicato dos Sapateiros, Sebastião Ronaldo, diz que Carmen Steffens ameaça demissões para forçar acordo
O Sindicato dos Sapateiros de Franca confirmou ontem, 27, que negocia há uma semana com a Carmen Steffens para que a mesma desista da demissão de 200 funcionários. O fechamento dos postos de trabalho é uma possibilidade, caso o sindicato não aceite a proposta que prevê a redução da jornada de trabalho e, consequentemente, dos salários dos sapateiros.
 
Segundo o presidente do sindicato, Sebastião Ronaldo de Oliveira, o acordo foi apresentado pela empresa, como uma saída para a atual crise enfrentada pela fábrica. “Eles alegam crise, porém, a própria empresa não tem demonstrado isso, e fala em crescimento no número de lojas”, disse o sindicalista.
Pela proposta, os funcionários trabalhariam de segunda a quinta-feira e teriam as quatro sextas-feiras mensais descontadas dos salários. Inicialmente, seriam deduzidos dois dias por mês até dezembro e o restante de janeiro a setembro de 2017. Caso o funcionário seja demitido ou deixar o emprego antes desse período, os dias sem trabalho seriam descontados todos durante a rescisão.

 
Ronaldo diz que, apesar da justificativa da crise não ser aceitável, existe consenso para a redução de jornada. “O que não aceitamos é a redução do salário, que já está defasado. Somos contra esse tipo de acordo e os funcionários estão se manifestando contrários. Não querem que ele seja assinado.”
 
Além de uma reunião na empresa, uma mesa redonda de negociações foi realizada no Ministério do Trabalho, que tem mediado as conversas. 
 
De acordo com o sindicalista, a proposta do Ministério é, no caso de o acordo ser assinado, que haja uma garantia de estabilidade das vagas pelo período de oito meses. 
 
As respostas deverão ser apresentadas em encontro futuro, novamente no Ministério do Trabalho, no próximo dia 3 de agosto. “Vamos aguardar para ver qual será a posição da empresa. Nós continuamos contra a ideia de reduzir os salários e vemos o anúncio de que farão as demissões como uma forma de nos pressionar. As demissões, elas estão acontecendo, e parte da empresa já não trabalhou na última sexta-feira”, declarou Ronaldo.
 
Procurada, a empresa Carmen Steffens não se pronunciou sobre o caso. No Ministério do Trabalho, o responsável pela realização da rodada de negociação não foi encontrado na tarde de ontem.

Fonte:http://gcn.net.br

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