Advogada morre após ser picada por cobra em fazenda no município de Patrocínio Paulista-SP
Maria José Alves de Almeida foi atacada por uma cobra jararaca no dia 26 de outubro na Fazenda São Francisco, em Patrocínio Paulista (SP).
Em depoimento, Niltom Messias de Almeida, marido da advogada disse que matou o animal em seguida se apresentou na Santa Casa de Franca com a mulher e a cobra para que fosse aplicado o antídoto.
O médico plantonista se recusou a fazer o atendimento, alegando que a paciente tinha plano de saúde e deveria ser levada ao Hospital do Coração. Diante da situação, o casal foi em busca de atendimento no Pronto Socorro Municipal e foi informado que no local não havia o soro.
A mulher começou a receber outros medicamentos e novamente foi transferida para a Santa Casa. Horas depois, finalmente a paciente recebeu o medicamento adequado, mas era tarde demais. A vítima entrou em coma e apresentou hemorragia e foi encaminhada ao Hospital Regional.
Devido ao veneno da cobra ter se misturado no sangue, a advogada não resistiu e foi constatada a morte cerebral. Inconformados, os familiares registraram ocorrência e denunciam negligência médica.
Em nota a Santa Casa de Franca, informou que o acompanhante da paciente deveria ter buscado socorro inicialmente na Santa Casa de Patrocínio Paulista, unidade mais próxima de onde houve o acidente, mas como veio a Franca foi orientado para encaminhar a paciente ao Hospital do Coração onde existe melhor estrutura para aplicação do medicamento.
O hospital ainda informou que o marido da paciente não aguardou o atendimento normal para que o procedimento fosse feito e buscou auxilio no Pronto Socorro Municipal.
VEJA A NOTA DA SANTA CASA NA ÍNTEGRA
“A Secretaria Estadual de Saúde possui locais estratégicos para a guarda dos soros para viabilizar o atendimento para os casos de acidentes com animais peçonhentos.
Neste caso, por questões de localização, estando a minutos do local do acidente, a instituição mais indicada para tal atendimento seria a Santa Casa de Patrocínio Paulista, a qual dispunha dos soros antiofídicos. No entanto o acompanhante da paciente optou por buscar atendimento nas dependências da Unidade Central da Santa Casa de Franca, tendo sido orientado a procurar a Unidade do Hospital do Coração para que fosse ministrado o soro antifidico em função de melhores condições operacionais naquele momento.
Minutos após o acompanhante adentrou a Unidade de Pronto Atendimento do Hospital do Coração limitando-se a perguntar na recepção se o soro antiofídico havia chegado, não apresentando a paciente e nem aguardando o acolhimento de praxe da equipe de enfermagem, o que impediu a realização do procedimento, procurando outro local para atendimento.
Por fim cerca de duas horas após o primeiro contato com a Unidade Central da Santa Casa, a Central de Regulação de Pacientes (CROSS) regulou a paciente que se encontrava no Pronto Socorro Municipal recebendo os primeiros atendimentos para a Santa Casa de Franca quando foi prontamente atendida.
Esclarecemos ainda que a Santa Casa de Franca ano de 2016 prestou atendimento a 19 pacientes em casos semelhantes, sendo este o único caso de óbito”.
Fonte:popmundi
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