Moradora de Franca é presa por registro falso de médica
Uma mulher que passou parte de sua vida em Franca e esteve na cidade recentemente, está sendo investigada pela Polícia Federal do Piauí. No dia 26 de outubro, ela foi presa em flagrante na cidade de Teresina, enquanto tentava conseguir um registro profissional no CRM (Conselho Regional de Medicina) sem nunca ter feito o curso de Medicina no Centro Universitário São Camilo, em São Paulo, de onde apresentou toda a documentação.
A suspeita é Jarlene Raquel Cacau Araújo Toledo Carvalho, auxiliar de enfermagem de 21 anos. Ela foi capturada sede do CRM na capital piauiense após dizer que tinha 23 anos e, em seu documento, sua data de nascimento constar 1995, ou seja, 21 anos. De acordo com a Polícia Federal, havia diversas irregularidades e falsificações na documentação que ela apresentou. “Dentre elas, constava histórico escolar emitido no ano de 2017, vários erros de grafia e ata de colação de grau também em data futura. Chamou ainda a atenção a precoce idade da falsária, de apenas 21 anos, que alegou também já possuir especialização em Oncologia”, informou a PF, em nota.
Para constatar a fraude, o CRM entrou em contato com a universidade em São Paulo, que confirmou a desconfiança dos funcionários: Jarlene nunca foi aluna da instituição. “Todos os documentos apresentados estavam fora dos padrões institucionais, bem como layout, timbre da formatação, a impressão e logotipo diferente dos padrões da instituição”, disse a assessoria do conselho, que ainda informou que a auxiliar enviou, via fax, a fotocópia de seus documentos, por uma papelaria de Franca, e não da universidade onde estudou, que seria o usual.
Jarlene foi conduzida à sede da Polícia Federal e indiciada pelos crimes de falsidade ideológica, estelionato e falsificação de documento. Ela ainda pode responder por exercício ilegal de medicina, já que, segundo o CRM, ela usava um jaleco e um carimbo em que se identificava como oncologista. Após prestar depoimento e negar os delitos, ela foi recolhida à Penitenciária Feminina de Teresina. Até o fechamento desta edição, permanecia presa. Se condenada, pode ficar presa por até 5 anos.
Em Franca
A informação de que a auxiliar se apresentava como médica e usava um jaleco com “Dra. Jarlene Raquel” bordado também foi confirmada por Marcos* (nome fictício para preservar a identidade do entrevistado), que teria mantido um relacionamento com a acusada.
Segundo ele, Jarlene tem familiares que moram no City Petrópolis e foi embora em outubro para Teresina. “Ela ia e voltava. Eu a conheci há uns quatro meses e, desde o princípio, se apresentava como médica e tinha um comportamento estranho. Vivia pedindo para que a levasse nos hospitais em busca de emprego aqui em Franca. A última vez que conversamos foi por volta do dia 20. Ela estava com medo de ser pega e por isso foi embora para onde a maior parte de sua família mora”, disse.
Fonte: gcn.net.br
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