segunda-feira, 16 de março de 2015

Mais de 6 mil francanos participam de protesto contra Dilma e corrupção


A praça "Nossa Senhora da Conceição", no Centro de Franca, ficou pintada de verde e amarelo na manhã deste domingo, 15. Segundo os organizadores, mais de seis mil pessoas se reuniram diante da Concha Acústica para protestar contra o governo federal e a presidente Dilma Rousseff. Já a Polícia Militar estima que 4,5 mil pessoas estiveram presentes no movimento.

A maioria dos manifestantes vestia camisetas com as cores da bandeira brasileira e erguia faixas e cartazes que demonstravam descontentamento com o governo atual. Uma chuva de papeis verdes e amarelos ajudou a colorir o ambiente de protestos. Integrantes da Acif (Associação do Comércio e Indústria de Franca), Uni-Facef e de lojas maçônicas também estiveram presentes.
O evento fez parte da mobilização nacional que acontece durante todo o domingo e foi organizado por meio das redes sociais. 18 estados além do Distrito Federal registraram movimentos populares.

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Em Franca, Patrícia Veloso Rodrigues, 36, fez parte da equipe organizadora. "Criei uma publicação em um grupo do Facebook para saber se Franca iria aderir às manifestações e o pessoal respondeu. Nos reunimos várias vezes e acertamos os detalhes".

Para evitar dificuldades e possíveis confusões, os organizadores optaram por não sair em passeata pela cidade. Com os manifestantes reunidos na praça central, o grupo usou o coreto para discursar e protestar contra corrupção, impunidade e insegurança. "Queremos educação de volta, saúde de volta, queremos o direito de fazer valer os impostos que pagamos", disse Patrícia.

Em sua fala para o povo francano, o professor Heleno Paim, 69, destacou a importância da paciência e de atitudes pacíficas no movimento. "O processo democrático é lento, não acontece de um dia para o outro. Vamos fazer tudo dentro da legalidade, sem arruaça, sem quebradeira", discursou.

Segundo o capitão Helder, da Polícia Militar, não foi registrada nenhuma ocorrência durante o ato que durou cerca de 3 horas. 100 PMs fizeram a segurança durante a manifestação.
Foram várias as famílias que marcaram presença no Centro. A estudante universitária Thabata Fernanda Spilandelli, 25, não hesitou em levar o filho Fernando, de apenas 1,9 ano para a Praça Nossa Senhora da Conceição. “Nossa guerra é pacífica. Nossas leis são boas, mas não são usadas. Precisamos aplicá-las contra a corrupção e a impunidade”.

Marisa Sousa da Silva, 53, foi com a família e chegou cedo para participar de toda a movimentação. "Por volta das oito e meia (da manhã) estava saindo de casa. Vim protestar por conta do sentimento de impunidade que está afetando o Brasil".

O comerciante João Moraes, 60, também foi com familiares. Para ele, a mobilização popular é o caminho para que mudanças aconteçam efetivamente no país. "Se o povo não mostrar que não está gostando, eles vão ficar de braços cruzados".

Representantes da maçonaria também marcaram presença na manifestação de hoje. Um dos representantes dos maçons, o médico Normando de Andrade, 62, contou que estaria ali mesmo se as lojas maçônicas não tivessem aderido à manifestação. "Viria mesmo sem a loja, não concordo com o que os governantes estão fazendo com o Brasil", afirmou. Segundo ele, a direção de cada loja entrou em contato com os organizadores do protesto para esquematizar a participação dos maçons.
Foto: Wilker Maia/Comércio da Franca 
Enquanto a movimentação acontecia na praça, agricultores começaram uma carreata no bairro da Estação e seguiram para o centro. Cerca de 30 tratoristas vindos do Buritizinho revelaram que suas reivindicações eram as mesmas do grupo a pé. Com as ruas interditadas, o grupo teve de contornar outras ruas do bairro e foi acompanhado por protestantes que já deixavam o local com seus veículos.

Já no fim da manifestação, quando o relógio se aproximava das onze e meia, a população convenceu os organizadores a fazerem uma passeata pelas ruas que contornam a praça. Ao som do hino nacional e de paródias feitas com músicas emblemáticas, como "Para não dizer que não falei das flores", de Geraldo Vandré,  o povo tomou as ruas e, após algumas voltas, começou a dispersar.

A ideia agora é organizar outros atos de acordo com a mobilização no resto do país. O professor Paim acredita que o dia 1º de maio, Dia do Trabalho, seria uma boa data para outro protesto. Em suas últimas falas no coreto, Patrícia convocou a população a continuar comparecendo em manifestações como a de hoje.

Veja vídeo gravado pela internauta Débora Morais Corrêa Neves:




Fotos: Leandro Campos


Foto: Edson Arantes/Comércio da Franca

Foto: Rose Victal



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Fonte: gcn.net.br

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