quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Santa Casa de Paraíso suspende parte dos serviços



A Santa Casa emitiu uma nota justificando a suspensão de alguns serviços. / Foto: Divulgação
A Santa Casa emitiu uma nota justificando a suspensão de alguns serviços. / Foto: Divulgação
Clic Folha
Angélica Dizaró
A Santa Casa da Misericórdia de São Sebastião do Paraíso suspendeu a partir desta quarta-feira, 9, parte dos serviços prestados ao município. A interrupção é por tempo indeterminado e foi motivada pela falta de pagamento por parte do município.
Na última semana, a Santa Casa emitiu uma nota justificando a suspensão de alguns serviços, alegando que a prefeitura está com atraso de 20 meses no repasse de recursos que já somam R$ 2,7 milhões.
De acordo com a direção da Santa Casa, há um mês a prefeitura foi notificada da paralisação, mas nenhuma providência foi tomada.
Os serviços que não foram pagos e agora estão sendo suspensos constam em um contrato que a Santa Casa tem com o município desde 2005 e são custeados com os recursos próprios, sem verba vinculada ao Ministério da Saúde e sem custeio do Estado. “Nós solicitamos o pagamento ou alguma proposta de negociação da prefeitura porque os atrasos para os mesmos serviços já vêm acontecendo há mais de um ano e meio, no entanto, não obtivemos resposta e não conseguimos mais continuar arcando com os atendimentos sem receber”, esclarece o supervisor de Recursos Humanos da Santa Casa, Leandro Galvão.
Os serviços prestados pelo hospital por meio da contratualização com o município são atendimentos que não envolvem a rede de Urgência e Emergência, entre eles estão: atendimentos no Ambulatório: consultas em especialidades e exames; atendimentos de urgência: urologia, otorrinolaringologia, bucomaxilofacial, ambulatório de fraturas e plantão de laboratório de urgência noturno e aos finais de semana.
A suspensão da realização de exames no período noturno e nos finais de semana, feitos pelo ambulatório da Santa Casa, poderão prejudicar principalmente os pacientes atendidos no Pronto Socorro Municipal.
De acordo com os cálculos da direção da Santa Casa, cerca de 600 pacientes deixarão de ser atendidos em consultas e exames por mês. “A Santa Casa está preocupada para que isto tenha o mínimo possível de impacto para a população. Alguns serviços que estão diretamente ligados a este contrato com o município e que estão em plantões de emergência serão afetados. O maior impacto deve ser no Ambulatório de Especialidades e Exames, que depende diretamente dos recursos municipais. Nós estamos sendo obrigados a paralisar os serviços devido a falta de recursos para a compra de insumos e até para a manutenção dos próprios plantões, mas a Santa Casa quer continuar com o serviço e vem buscando soluções para este problema através de todos os meios, com notificações para a prefeitura, através do Conselho Municipal de Saúde e também via judicial”, diz Galvão.
A reportagem contatou a prefeitura ontem e a informação era de que a administração não irá se manifestar sobre o assunto.

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