Em menos de dois meses, suspeitas de dengue beiram os mil casos em Franca
No último sábado, a própria população, com a ajuda de agentes municipais, realizou um mutirão contra a dengue por diversos bairros da zona Leste da cidade
O número de suspeitos de dengue em Franca já beira os mil casos. Até a tarde de ontem, de acordo com a secretária municipal de Saúde, Rosane Moscardini, foram registrados 956 casos de pessoas com sintomas da doença. Outros 28, além de 11 importados, foram confirmados. São, em média, 18 novos casos suspeitos por dia. Mas a situação tem ficado cada dia mais alarmante, porque, apenas nos últimos quatro dias, surgiram em média 48 casos suspeitos por dia.
O número de suspeitos com sintomas da febre chikungunya também subiu - de 7 para 8 -, além de um caso importado - esse já confirmado. Já sobre o vírus zika, são três suspeitos sob investigação.
No ano passado, a cidade enfrentou a maior epidemia da sua história, quando mais de 1,5 mil casos da doença foram confirmados. Neste ano, o diretor de Vigilância em Saúde, José Conrado Netto, já confirmou que, se a situação prosseguir a mesma, Franca registrará outra epidemia histórica.
Até a semana passada, as regiões com mais casos suspeitos, de acordo com a Vigilância em Saúde, eram o Complexo Aeroporto, ¶ngela Rosa, Santa Terezinha, Francano, Paulistano, Vila Formosa e Centro. Nesses locais, para evitar que o contágio seja permanente, os agentes de Controle de Vetores estão realizando ações de bloqueio. Mas, a participação da comunidade é extremamente importante para evitar a proliferação da doença.
“Existem casos suspeitos em toda a cidade, mas em alguns bairros percebemos que a contaminação, mesmo com o trabalho contínuo dos agentes, continua se espalhando. Por isso, enfatizamos que a população é nossa maior aliada nessa luta. As pessoas devem manter a luta contra o mosquito de forma constante”, disse Cléber da Silva Benedito, gerente de Serviços da Vigilância Ambiental.
Ações contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya, estão sendo realizadas diariamente em várias partes da cidade. De acordo com especialistas, a única forma de evitar a proliferação da doença é aniquilar o mosquito e, para isso, é preciso eliminar os criadouros. “Estamos falando de um mosquito muito resistente e adaptável. Ainda existem muitos mitos relacionados a ele e sua reprodução, por isso, precisamos eliminar qualquer possibilidade que ele viva. A população deve separar, ao menos, 15 minutos por semana, olhar toda sua casa e eliminar os focos. É um trabalho contínuo e, quando a comunidade entender isso, teremos um resultado bem mais efetivo”, completou Cléber Benedito.
Devido à epidemia que o país vive de zika, os resultados de exames estão demorando mais que o previsto, entre 15 e 30 dias, para ficarem prontos. Segundo a secretária de Saúde, até o momento nenhum exame laboratorial dos casos de zika vírus e febre chikungunya que estão sob investigação tiveram resultado. No caso da dengue, dos resultados apresentados, além dos casos positivos, outros 11 negativos foram entregues. O resultado do laudo sobre a morte do corretor Joaquim Pedro Farias, de 52 anos, que morreu no fim do mês passado com suspeita da síndrome de Guillain-Barré e poderia ter contraído o vírus zika, também ainda não foi divulgado.
Fonte:gcn.net
Nenhum comentário:
Postar um comentário