terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Taxista é encontrado morto em cafezal da ‘Rionegro e Solimões’


A calmaria da tarde da segunda-feira de Carnaval foi interrompida por um crime bárbaro. O corpo do taxista Márcio Antônio dos Santos, 40, foi encontrado ao lado de um carro incendiado, no km 3 da estrada “Rionegro e Solimões”, que liga Franca a Batatais. O veículo, um Voyage, era usado como táxi e possuía placas de Franca. A Polícia Militar registrou o encontro do automóvel e do cadáver por volta das 17 horas, dentro da fazenda Monte Alegre.
 
Segundo informações, um sitiante declarou ter ouvido barulho de tiro e ao ver uma fumaça na fazenda acionou as autoridades. Assim que perceberam a gravidade da ocorrência, os policiais preservaram o local com fitas de isolamento até a chegada do Samu, dos Bombeiros e de uma equipe da Perícia Técnica da Polícia Civil de Franca.
 
O corpo da vítima foi encontrado sem vida, a cerca de 25 metros do carro, em meio a um cafezal. Ele estava virado de barriga para cima. Não foram encontrados documentos na roupa do homem, que possuía cabelos compridos e trajava uma camisa social azul escura, além de calça jeans.



O taxista Márcio Antônio dos Santos, 40, foi encontrado ao lado de um carro incendiado
 
Tiro no peito
Antes da chegada da perícia, muitas dúvidas estavam sem respostas pois toda a cena foi mantida inalterada. Com os peritos no local foi constado que o homem havia sido baleado no peito, o que deve ter causado sua morte. Um tiro havia ferido também sua mão direita. A suspeita é que a vítima tenha tentado se proteger com a mão da ação de seu matador. Não havia outros sinais de ferimentos e também não foram encontradas amarras ou mordaças próximas ao corpo.
 
O carro possuía uma queixa de furto em 2012. Já em 2013, ele foi registrado como localizado na base de dados da Polícia Civil. O Voyage ficou estacionado a uns 30 metros da beira da estrada de terra e acabou destruído pelo fogo, tendo vidros quebrados, carcaça descascada e estruturas retorcidas. Os Bombeiros foram ao local para resfriá-lo. Agentes da funerária Santa Bárbara estiveram na área e transportaram o corpo até o IML (Instituto Médico Legal) para necropsia. 

Identificação
À noite, agentes da Polícia Civil e várias equipes de órgãos de imprensa esperavam pelo desfecho do homicídio. O dono do veículo dirigido por Márcio Santos foi o primeiro a reconhecê-lo por meio de uma foto. Imediatamente, ele deu seu depoimento aos investigadores. Ele contou que o rapaz trabalhava por meio de comissão das corridas realizadas e afirmou não saber seu nome completo. “(Ele) Estava comigo há uns 30 dias. Era um rapaz trabalhador, gente boa, não ‘faltava’”, disse ao Comércio da Franca logo depois de pedir sigilo sobre seu nome. Ele ainda contou que possivelmente a última corrida teria sido por volta das 15h15 entre a avenida Brasil e uma chácara no Jardim Dermínio. 
 
Um outro homem ligado a essa empresa que terceiriza táxi na cidade se prontificou a ir até a residência da família de Márcio e pedir para que se encaminhasse ao plantão policial. Uma hora depois, irmão e pai da vítima chegaram. Abalados e nervosos, não tinham certeza do que aconteceu. “O que aconteceu com meu irmão?”, perguntou o jovem. Foram então encaminhados até uma sala privada e, momentos depois, saíram rapidamente, chorando, sem falar com a imprensa. Márcio Antônio era separado e deixou dois filhos. Ele morava no bairro Santa Helena.
 
A polícia não soube dizer se algo foi roubado, nem quantos teriam participado ou o motivo do bárbaro crime. Um investigador da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Franca acompanhou o caso. 

Fonte:gcn.net.br

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