'Ela estava entre a vida e a morte', diz mãe de bebê agredido em Itajubá, MG
Criança de 2 meses foi internada com hematomas e traumatismo craniano.
Principal suspeito é o pai do bebê, que não foi encontrado pela polícia.
O bebê de dois meses agredido neste sábado (29) continua internado em estado grave no Hospital Escola de Itajubá (MG). O principal suspeito das agressões é o pai da criança, que ainda não foi encontrado. Ana Clara Balbino foi internada com hematomas no corpo e traumatismo craniano.
Neste domingo (30), a mãe da criança falou sobre o caso. "Na hora que a gente chegou no hospital, a moça falou que ela estava entre a vida e a morte. Se nós demorássemos mais um pouquinho, ela estaria morta. Não ia ter como sobreviver", conta Maira Balbino.
A mãe e a tia da menina, Viviane Aparecida, dizem que têm certeza que foi o pai da criança que agrediu a menina. "Eu falei: 'o que você aprontou com a menina?' Ele: 'ela só estava vomitando'. Aí eu cheguei, ele estava batendo nas costas da menina, tentando voltar a menina. Aí eu já grudei na menina, saí correndo pra chamar o Samu, ele não queria. Aí nós empurramos ele e saímos correndo", conta Viviane.
"Ele até correu da polícia", continua a mãe da criança, sem conseguir segurar o choro. "Se ele não estivesse devendo, ele ia esperar a polícia, pra conversar e falar que não devia."
A mãe e a tia chamaram a polícia e denunciaram o pai do bebê como suspeito de tentar matar a filha. Elas disseram que ele fugiu de casa logo depois que as duas foram para o hospital socorrer a menina. Ele continua foragido.
A Polícia Militar informou que a mãe da criança e uma testemunha acionaram o socorro por volta das 23h40. O suspeito teria fugido por um matagal perto da casa.
Viviane conta que o pai do bebê sempre foi agressivo e que já bateu na outra filha do casal, que tem dois anos.
A mãe da criança desabafa dizendo que tem medo do companheiro. Eles estão juntos há quatro anos, e nesse tempo, ela diz que já foi agredida várias vezes e que só não se separou porque era ameaçada.
"Ele já bateu em mim, e esses dias mesmo ele me ameaçou. Falou assim: 'se você ficar de gracinha, de querer largar de mim, você vai ver suas duas filhas ficar sem mãe. Eu não quero ficar perto dele nunca mais, nem quero que ele chegue perto das minhas duas filhas."
http://g1.globo.com/mg/sul-de-minas
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