terça-feira, 4 de outubro de 2016

Homem sofre infarto na S. Casa, não é atendido e morre


Paulo Maria Francisco, de 61 anos, sofreu infarto dentro da Santa Casa e não foi atendido
A família do aposentado Paulo Maria Francisco, de 61 anos, procurou a delegacia, ontem, 3, para registrar um boletim de ocorrência de omissão de socorro. 


Segundo informações da mulher do aposentado, Paulo sofreu um infarto dentro da Santa Casa, quando estava visitando o sogro, mas não foi socorrido. “Meu esposo passou a noite de quarta-feira com o sogro, e trocaria com a sobrinha ás 11h de quinta-feira. Ele passou mal, um acompanhante que estava ao lado me ligou e fui até a Santa Casa. Lá o médico não quis atender ele, e tive que solicitar um táxi para levar meu marido até o Hospital Regional onde foi diagnosticado com infarto. Depois ele foi levado ao Hospital do Coração, mas ele não resistiu e morreu”, explicou Joana da Silva Mota.


Ainda segundo informações da esposa da vítima, o médico da Santa Casa disse que o acompanhante teria que ser levado ao pronto-socorro e que ele não era paciente da Santa Casa. “Ele disse que era para levar o Paulo para o pronto-socorro e se fosse necessário depois levaria de volta para a Santa Casa. Ai eu perguntei para o médico se era para trazer meu marido de volta no caixão. O médico virou as costas e foi embora. O pessoal da Santa Casa disse que se alguém passar mal lá eles não atendem, pois não é paciente, pode ser até funcionário do hospital”, afirmou Joana.
A mulher da vítima disse que está movendo um processo contra a Santa Casa de Franca. A Polícia Civil está investigando o caso.
A reportagem procurou a assessoria de imprensa da Santa Casa. No começo desta tarde de terça-feira, foi enviada uma nota que contesta a denúncia da viúva do aposentado Paulo Maria Francisco. Leia na íntegra abaixo: 

NOTA DA SANTA CASA DE FRANCA
O sr. Paulo Maria Francisco estava na Santa Casa de Franca como acompanhante de seu sogro, quando por volta de 06h40 da manhã queixou-se de mal-estar, porém sem dor. O funcionário do hospital dirigiu-se ao quarto para verificar o que acontecia; realizou exames de glicemia (devido ao histórico de diabetes), pressão arterial, saturação de oxigênio, sendo que, frente a alteração, foi solicitado atendimento pelo médico plantonista do dia, com imediato comunicado à família, para que viessem ao hospital. No momento em que o sr. Paulo era encaminhado pela equipe de enfermagem até o pronto atendimento para avaliação médica, sua esposa disse que não havia necessidade, pois o mesmo possuía convênio do Hospital Regional de Franca e que o táxi já os aguardava na porta do hospital para leva-los até lá. A esposa reiterou de maneira insistente que o levariam para o hospital de convênio. A Santa Casa de Franca destaca ainda que possui toda a estrutura médico-hospitalar para este tipo de caso em questão e, somente não deu continuidade ao atendimento já iniciado por opção da família em levá-lo para o hospital do convênio.

Fonte:gcn.net

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