quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Polícia Civil prende homem que estuprava enteada há três anos


Um homem de 36 anos foi preso no início da noite desta quarta-feira (5), em São Sebastião do Paraíso, acusado de estupro. Segundo informações da Polícia Civil, a vítima, de 15 anos, é enteada do autor e vinha sofrendo abusos há pelo menos três anos.



De acordo com a delegada da Polícia Civil, Rosaine Justino, o autor foi identificado e localizado através de uma informação do Conselho Tutelar da cidade, que recebeu a mãe da garota após ela ter conhecimento por uma sobrinha de que a filha havia confidenciado os abusos e que eles já aconteciam há pelo menos três anos. “Ela relatou que desde os 12 anos vinha sendo molestada com carícias, que culminaram com a cópula no final do ano passado”, relatou a delegada.

A vítima tem 15 anos e é enteada do autor dos abusos, que é casado com a mãe da garota e juntos tiveram três filhos, sendo duas meninas e um menino. Os seis moram na mesma casa, mas a mãe da jovem afirmou nunca teve conhecimento dos fatos, e que logo que soube dos abusos, o marido foi colocado para fora de casa.

A garota passou por exames periciais que comprovaram o abuso sexual. Ela foi encaminhada para acompanhamento psicológico no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas).

Ao ser ouvido na delegacia de Polícia Civil, o autor confirmou a autoria dos atos libidinosos contra a enteada. Ele foi preso e encaminhado para o presídio local.

A Polícia Civil continua investigando o caso. Se ficar comprovado que o padrasto realmente abusou da garota desde que ela tinha 12 anos, o autor pode ter a pena agravada pela prática de estupro de vulnerável. O nome do autor não foi revelado para evitar que a vítima fosse exposta.

Como observa a delegada, os casos de abusos sexuais vêm crescendo, principalmente os incestos, que são as relações sexuais entre familiares. De acordo com ela, em grande parte isto vem acontecendo devido à falta de diálogo entre as famílias. “Os pais ou responsáveis devem observar e ficar atentos ao comportamento das crianças e jovens em casa. As crianças geralmente dão sinais se estiverem sendo molestadas. O ideal é que os pais constantemente orientem seus filhos com conversas esclarecedoras, porque todo ato de libidinagem, mesmo que pareçam inofensivos, como um beijo ou pequenas carícias feitas conta o menor de 14 anos, é considerado estupro de vulnerável. Mesmo que o autor alegue que houve o consentimento da vítima, nestes casos isto não existe, porque o jovem abaixo dos 14 anos não tem condição psicológica de direcionar qual é a sua vontade”, conclui.  

Fonte:clicfolha

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