Quadrilha rouba caminhão e causa prejuízo de R$ 350 mil
Foto de: William Borges/Comércio da Franca
Nove empresários do ramo de calçados de Franca tiveram, juntos, um prejuízo de R$ 350 mil nos últimos dias. Isso porque uma carga que saiu da cidade e tinha como destino Foz do Iguaçu (PR) foi roubada por um bando. Na última terça-feira, cinco mil pares de sapatos foram subtraídos de um caminhão na rodovia Fábio Talarico, no trevo de São José da Bela Vista, sentido a Ipuã. As três vítimas foram ameaçadas, amarradas e abandonadas em um canavial da região. Ainda não há pistas dos assaltantes.
Com uma ação digna de um roteiro cinematográfico, parte da quadrilha chegou em um GM âmega com giroflex ligado e cortou a frente do caminhão. Dois bandidos, que estavam de óculos, roupas escuras, boné com inscrição “Federal”, saíram do carro e, passando-se por policiais, abordaram o motorista de 45 anos, seu filho, 19, e o condutor de apoio, 41.
Enquanto eles, moradores de Franca, ainda saíam do veículo, mais ladrões chegaram em uma caminhonete S-10, logo atrás, e cercaram o caminhão. Eram pelo menos mais dois, segundo as vítimas, que foram rendidas e levadas até um canavial. Os carros acompanharam e, em uma propriedade da rodovia, o inferno dos três teve início.
De acordo com o motorista, ao chegar no canavial, os bandidos comentaram que “a fita era dada”. Eles amarraram o trio com fitas e, por quase duas horas, os mantiveram sob a mira de pistolas. Depois, os suspeitos foram embora com o caminhão, R$ 1.670 em espécie e celulares dos dois motoristas. O do jovem não foi levado.
Como o veículo possui localizador, o motorista soube que, minutos após o roubo, o caminhão ficou parado em frente a um barracão do Jardim Dermínio, em Franca, por mais de meia hora. A hipótese trabalhada pela Polícia Civil é de que os acusados usaram o local para descarregar o caminhão e colocar as caixas de sapato em veículos, já que, pouco depois, o pesado transporte foi abandonado em uma propriedade da Fábio Talarico. A carga desapareceu.
Desde o registro do roubo, os investigadores Aderson Lima e Régis Stefani, da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), têm efetuado diligências. Na quarta, eles ouviram o responsável pelo barracão. O comerciante, de 30 anos, alugou o espaço há um mês e é tratado como suspeito de participar do crime. “Ele negou envolvimento. Disse ter sido vítima, já que 180 pares de sua propriedade estavam na carga roubada. Porém, há elementos que apontam sua participação, indireta, no crime. Daí seu indiciamento por roubo”, disse.
Além do acusado, há outras oito vítimas. Uma teve R$ 100 mil de prejuízo, já que 1.600 pares foram levados. Ela prestará depoimento. Ontem, um outro empresário que perdeu R$ 20 mil, distribuídos em 820 pares, também foi ouvido. Esse foi o segundo assalto, em um ano, no mesmo trecho da rodovia. Em junho passado, uma carga avaliada em R$ 400 mil que ia para Foz do Iguaçu foi roubada. Sete mil pares foram levados.
Fonte:gcn.net
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