domingo, 8 de maio de 2016

Eletricista tem intestino perfurado e pede indenização


Foto de: Dirceu Garcia/Comércio da Franca
Eletricista fez o exame de colonoscopia no NGA-16. Depois de sentir dores e ter febre descobriu que estava com intestino perfurado
Um eletricista de 49 anos, morador do Jardim Portinari, está processando a Prefeitura de Franca. No ano passado, ao fazer um exame de colonoscopia no NGA-16 ele alega que teve seu intestino perfurado, o que acabou exigindo uma cirurgia de urgência e quase o matou. Na ação proposta no início do mês passado, o eletricista pede R$ 446 mil de indenização, além de uma pensão vitalícia de R$ 3,2 mil.
 
Segundo o processo, em junho de 2014, o eletricista passou por uma cirurgia para retirada de um câncer no cólon. Depois do procedimento, o médico recomendou que a cada seis meses ele passasse por exames para acompanhamento. Seguindo as orientações, em março do ano passado, ele procurou o NGA para a realização de uma colonoscopia. Em 4 de março, o exame foi realizado. No dia, ele afirma que não percebeu nada de anormal. O exame também não encontrou nenhuma alteração.
Mas nos dois dias que se seguiram, o eletricista começou a apresentar febre e fortes dores abdominais, além de não conseguir ir ao banheiro. Foi, então, que ele resolveu procurar o Pronto-socorro “Álvaro Azzuz”. Lá, foi atendido, medicado e liberado com o diagnóstico de obstrução intestinal. As dores e a febre permaneceram. 
 
No dia seguinte, o eletricista voltou ao PS. O médico que o atendeu resolveu solicitar uma série de exames. Foi constatado que havia um problema no intestino, provavelmente uma perfuração que estaria causando uma forte infecção. O médico decidiu transferi-lo para a Santa Casa.
 No hospital, ao chegar, o homem foi encaminhado direto para o centro cirúrgico, onde os médicos, ao operá-lo, confirmaram que o intestino tinha sido perfurado. Havia ainda uma infecção causada pelos resíduos que se espalharam pela cavidade abdominal. Foi preciso a retirada de dez centímetros do intestino que estavam comprometidos.
O eletricista quase morreu. Passou cerca de 10 dias internado no CTI (Centro de Tratamento Intensivo). Como sequela da operação, desde então, ele tem usado uma bolsa de colostomia, onde são depositadas suas fezes. Com isso, ele acabou afastado do trabalho. Não pode fazer grandes esforços, como carregar peso ou subir e descer de escadas. Hoje não tem renda fixa e tem dependido da ajuda de familiares para seu sustento.
Inconformado, ele decidiu procurar um advogado. Na ação, o eletricista alega que houve erro médico durante seu exame de colonoscopia no NGA-16 e que, por conta disso, precisou passar por cirurgia e quase perdeu a vida. Para piorar, ele ainda é obrigado a usar a bolsa de colostomia todos os dias e está impedido de trabalhar.
 No processo, ele pede 500 salários mínimos, o que corresponderia a R$ 440 mil, de indenização, e ainda R$ 3,2 mil mensais desde o dia do exame (4 de março de 2015) por perdas e danos, já que à época seu salário correspondia a cerca de R$ 4 mil. A ação ainda não foi julgada.
Fonte: gcn.net

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