Justiça leiloa imóveis de R$ 5,5 mi da M2000 para pagar credores
A Justiça de Franca está leiloando quatro imóveis que pertencem à Calçados Martiniano, indústria francana que produzia os tênis M2000 e fechou as portas em 1997. São um apartamento, um terreno, uma casa e um prédio. Ao todo, os imóveis estão avaliados em cerca de R$ 5,5 milhões.
O mais caro é uma casa no Belvedere Bandeirante, em Franca. O imóvel tem área total de mais de 7 mil m², sendo 811 m² de área construída, e está avaliado em R$ 2,42 milhões.
Também está sendo leiloado um prédio residencial na rua Voluntários da Franca, no bairro São José, avaliado em pouco mais de R$ 1,78 milhão. Ainda há um terreno no Parque Universitário de 477 metros quadrados cujo lance mínimo é de R$ 283 mil. Por fim, na lista de bens leiloados, ainda consta um apartamento no 9º andar do Condomínio The Sutton, um prédio de luxo na avenida Jandira, em Indianópolis, São Paulo. Para ele, o lance mínimo é de R$ 1 milhão.
O edital com detalhes sobre o leilão, que será feito pela internet, estão no site www.vegasleiloes.com.br. Os interessados em participar devem se cadastrar no próprio site com 48 horas de antecedência do horário marcado para a realização da hasta pública, que é dia 15 de junho, às 14 horas. No site, é possível encontrar a descrição detalhada de cada um dos imóveis e ofertar os lances. O nome do vencedor será anunciado no dia 15. O pagamento deve ser feito em no máximo 24 horas por depósito judicial. Há ainda a cobrança de uma comissão de 5% para o leiloeiro.
Este é o primeiro leilão dos bens, então, os lances ofertados não podem ser menores do que o valor de avaliação. Um novo leilão, caso não haja nenhum arremate, será feito no dia 7 de julho, quando os lances não poderão ser inferiores a 50% do valor avaliado.
História
A Calçados Martiniano foi fundada em 1959. Na década de 80, chegou a produzir tênis para a Nike. Logo depois, lançou sua própria linha de tênis e fez sucesso. Em 1992, já era considerada uma das cinco maiores fábricas de tênis do Brasil. Em Franca, chegou a empregar mais de 2 mil trabalhadores e registrou um faturamento anual na casa dos US$ 80 milhões.
A decadência viria pouco tempo depois. Com o Plano Real, que equiparou a moeda americana à brasileira, a situação econômica da fábrica se deteriorou. Em 1995, ela pediu concordata. Dois anos depois, sem conseguir honrar com todos seus compromissos, foi decretada sua falência.
Fonte:gcn.net
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